Ação e conduta: uma investigação a partir de Foucault
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12143 |
Resumo: | Esta tese tem por objeto a ação e a conduta humanas. Partindo dos trabalhos de Michel Foucault, assim como de Pierre Hadot e de Georges Canguilhem, seu objetivo é pensar questões e conceitos que são relevantes para uma ontologia da ação, isto é, para uma compreensão do ser do agir. As questões que norteiam este trabalho são: O que é agir? O que está implicado na ação? Como podemos pensar a relação das ações com o todo da conduta? Qual a relação da ação com o campo no interior do qual ela acontece? O pressuposto básico deste trabalho diz respeito à última destas perguntas. Penso que uma investigação do ser do agir não pode ser feita sem levar em consideração o quanto o agir é o que é graças à sua relação com o mundo onde essa ação se realiza. A partir de Hadot será possível pensar noções fundamentais como a de princípio diretor, a qual, ligando o ser da ação e o da conduta, identifica-se com o próprio ser do sujeito que age, bem como pensar a importância que os estoicos conferiam, ao pensar a ação, ao fato de a ação se realizar no interior de um todo integrado. Ao pensar que todo vivente age normativamente em relação ao seu meio porque esse não lhe pode ser indiferente, Canguilhem permite pensar a normatividade como indissociável do ser da ação. O agir é normativo porque o agir demanda de nós um posicionamento em relação às circunstâncias nas quais agimos. Foucault oferece a possibilidade de pensar a relação entre ser e pensar, na constituição do próprio mundo em que agimos, e entre pensamento e ação. O mundo em que agimos é o que é a partir de um confronto entre o ser e o pensamento, através do qual se configuram nossas experiências. Diretamente ligada a essa tese está a de que toda ação é uma resposta racional às circunstâncias nas quais ela acontece. Ao definir o poder como governo, isto é, como condução ou direção das condutas, como uma ação que procura administrar o campo de ação eventual dos outros, Foucault também oferece uma análise do exercício do poder que o põe em relação direta com a ação e a conduta. Juntos, esses conceitos e questões permitem uma compreensão do ser do agir em relação com o campo no qual a ação se dá, e de maneira integrada com a conduta, pensada como o modo de conduzir-se, como a maneira de ser e agir, que nos constitui e que possui também uma visibilidade, uma vez que conforma a vida que vivemos. |