Associação entre a poluição do ar e o controle da asma em crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ramos, Carolina de Assis Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23198
Resumo: A poluição do ar representa um desafio significativo para a saúde pública, especialmente ao controle da asma em crianças, contudo, ainda não estão totalmente esclarecidos os mecanismos envolvidos na exacerbação da asma e a relação com os poluentes do ar, por fatores relacionados na variabilidade na exposição à poluição e complexidade dos poluentes. O objetivo deste estudo é avaliar a associação entre a poluição do ar e o controle da asma em crianças. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, com 112 crianças e adolescentes asmáticos de 6 a 14 anos, realizado no período de novembro de 2015 a dezembro de 2016, residentes no município do Rio de Janeiro. A população de estudo foi selecionada em dois centros municipais de saúde, o Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão e o Centro Municipal de Saúde Salles Neto. A obtenção da exposição individual se deu por meio da média diária de material particulado e ozônio, das três estações mais próximas da residência do participante do estudo. Para avaliação do controle da asma, foi utilizado o questionário GINA, sendo a asma considerada controlada se nenhuma resposta aos itens do questionário fosse “sim”; parcialmente controlada, 1 a 2 “sim” e não controlada com 3 a 4 “sim”. Para a construção dos indicadores da poluição do ar, consideramos as diretrizes de emissão estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde. A associação entre a poluição do ar e controle da asma foi avaliada pela regressão logística ajustada por idade, sexo, temperatura média e umidade relativa do ar, ao modelo foi introduzido o indicador da poluição nos últimos 30 dias anteriores à aplicação do questionário GINA, sendo elaborado um modelo com cada poluente e por último um modelo multipoluente contendo o material particulado e ozônio. Todas as análises foram realizadas no R versão 4.1. A média de idade das crianças foi de 9 ± 2,38 anos e 62,5% eram meninos. A presença de sintomas da asma nas últimas 04 semanas correspondeu a 32,1% das crianças. Observou-se que o PM10 apresentou concentrações médias anuais acima do valor estabelecido pela OMS de 15 μg/m³, com valor médio de 38,6 μg/m³, excedendo a média diária de 45 μg/m³ em 16,3%, com relação ao ozônio observou-se que os seus valores não ultrapassaram os valores estabelecidos pela OMS de 100 μg/m³ para média diária de 8 horas. Identificou-se uma ausência de associação no modelo contendo o PM10 (OR: 1,0) e (IC 95%: 0,99 – 1,0). No segundo modelo, contendo o poluente ozônio (OR: 1,0) e (IC 95%: 0,99 – 1,0), não foi evidenciada uma associação entre o controle da asma e os indicadores de poluição (Média, P50, P75, P90, P95 e P99). No modelo multipoluente com o material particulado e ozônio (OR: 1,0) e (IC 95%: 0,98 – 1,0), foi observada uma ausência de associação. Apesar dos resultados encontrados, a prevenção de riscos pode ter um grande impacto econômico e social na saúde pública e oferecer uma nova perspectiva para estudos futuros.