Corpos escravizados e saber médico: proposições de Jean-Baptiste Alban Imbert (1830-1850)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Viana, Iamara da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17936
Resumo: Esta tese analisa as proposições de um médico francês, Jean-Baptiste Alban Imbert, que viveu no Brasil entre os anos 1831 e 1847. A reflexão está centrada na obra Manual do Fazendeiro ou Tratado Doméstico sobre as enfermidades dos Negros produzida durante sua permanência no Império do Brasil, com edições nos anos de 1834 e 1839. O contexto social e político no qual foram escritas, após a primeira lei de fim do tráfico transatlântico de 1831, registrou aumento da demanda por terra, e, também por um dos produtos mais significativos economicamente: a mão de obra escrava. Em tempos de comércio escravo ilegal, muitas estratégias foram criadas para ludibria-la, dentre as quais o saber médico acadêmico apresentado por Imbert em seu Manual do Fazendeiro. Nele foram expostos conhecimentos capazes para auxiliar fazendeiros no momento da compra de escravizados, na manutenção da saúde do seu corpo e na maximização do seu tempo de vida. Mobilizou ainda, conhecimentos acerca do corpo feminino, do parto e da conservação da saúde e vida de recém-nascidos, objetivando com isso garantir o aumento do patrimônio senhorial. Patrimônio esse, fundamental, caso o fim do tráfico se efetivasse.