O ensino de geografia e a tessitura de sentidos sobre o trabalho informal: entendimentos a partir de uma sequência didática construída junto com estudantes de uma Escola Pública Municipal no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Martins, Rafael Leal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22077
Resumo: Nas últimas décadas o número de trabalhadores informais cresceu de maneira significativa, tanto no Brasil como em outros locais do planeta. Diante disso, a atual pesquisa pretende estudar a dinâmica presente no bairro de Santa Cruz, que nos últimos quinze anos tem significativa parcela de sua população vivenciando no dia a dia tal realidade de precarização do trabalho. Sendo assim, o tema deste trabalho é investigar como o ensino de Geografia pode auxiliar na construção de sentidos sobre trabalho informal, a partir de uma escola pública municipal, localizada na cidade do Rio de Janeiro e, dessa maneira, contribuir para a vida dos sujeitos envolvidos. Tal pesquisa se justifica, pois se observa uma relevância e oportunidade de se investigar como a educação pode contribuir para compreensão do fenômeno, assim como analisar os possíveis efeitos da precarização das condições de trabalho iniciadas desde os anos 1990 no Brasil e que vem se intensificando com as contrarreformas (trabalhista e educacional) implementadas desde 2016. O objetivo geral do trabalho é captar os sentidos atribuídos por estudantes de escola pública e seus familiares sobre o trabalho informal, a partir de aulas de Geografia ministradas no ensino fundamental. Como objetivos específicos, a ideia é investigar quais sentidos orientam a forma de pensar dos estudantes e de se conduzir diante deles; compreender se, a partir do ensino de Geografia, os estudantes serão capazes de saber as transformações socioespaciais do bairro que vivem, assim como a realidade do trabalhador informal e, por fim, construir um produto educacional, de modo a ser uma forma de auxílio no entendimento dos processos envolvidos ao tema. Como metodologia, propõe-se a pesquisa como ferramenta investigativa e educativa para superar a transmissão de conhecimentos. O caminho, portanto, será pela articulação entre a metodologia PBL (do inglês Problem Based Learning), a Teoria das Representações Sociais junto às demais teorias que tratam do objeto, assim como a utilização de técnicas projetivas relacionadas à Teoria das Representações Sociais e ao Discurso do Sujeito Coletivo, buscando sentidos que os sujeitos têm sobre esse fenômeno. Como resultados, observamos a complexidade da conceituação do trabalho informal e o quanto as representações produzidas pelos estudantes enriqueceu o processo de construção coletiva. Percebeu-se uma crescente na compreensão inicial (via evocação de palavras) até a atividade final (uso de imagens) e como o pensamento geográfico foi se construindo ao estudarmos o fenômeno do trabalho informal. Também tivemos a tessitura de uma sequência didática, na qual foram considerados os saberes advindos dos estudantes, inseridos no contexto de uma escola pública, dentro das turmas do 7º ano do ensino fundamental. Como produto, houve a elaboração conjunta e participativa de um e- book, no qual estarão reunidas todas as estratégias e o caminho percorrido ao longo do desenvolvimento coletivo da proposta.