Degradação química e citotoxicidade in vitro de cimentos resinosos fotopolimerizáveis
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14039 |
Resumo: | O objetivo deste estudo foi investigar o efeito degradante da saliva artificial e do ácido lático sobre diferentes cimentos resinosos fotopolimerizáveis e avaliar os efeitos citotóxicos dos extratos da degradação em saliva artificial sobre fibroblastos Balb/c 3T3 de ratos. Os cimentos Variolink II (base), AllCem Veneer e RelyX Veneer foram testados. Para caracterização microestrutural destes materiais, análise termogravimétrica (TGA), cálculo do grau de conversão (GC) e análise da distribuição granulométrica das partículas de carga, foram realizados. O GC foi calculado utilizando-se a espectroscopia infravermelha por transformada de Fourier (FTIR). Dez amostras de cada cimento foram construídas em matriz teflon (0,5 mm x 5 mm) e fotoativadas pelo diodo emissor de luz (LED) Elipar S10 (3M ESPE). Após obtenção dos espectros FTIR iniciais (24h após a fotopolimerização), 5 amostras de cada cimento foram, individualmente, imersas em 10 ml de saliva artificial (pH = 7,0) e outras 5 em 10 ml de solução de ácido lático (pH = 4,0), por 18 dias, a 37°C. Depois, as amostras foram submetidas a novas análises espectroscópicas FTIR, sob as mesmas condições iniciais, e posteriormente, seus espectros foram comparados qualitativamente aos obtidos antes do processo de degradação. A viabilidade celular de fibroblastos 3T3, frente aos possíveis efeitos citotóxicos dos resíduos dos cimentos livres na solução de saliva artificial após 18 dias de degradação, foi testada através da redução do brometo de dimetiltiazol-difeniltetrazólico (MTT). As culturas foram expostas aos extratos salivares por 24h e 72h. Células controle foram expostas à solução de saliva artificial pura. Dados foram submetidos a ANOVA e teste Tukey. Os resultados demonstraram maior conteúdo de partículas de carga significante ao cimento Variolink II (65,86%±0,17; p<0,05) quando comparado aos cimentos RelyX Veneer (62,29%±0,30) e AllCem Veneer (62,15%±37,84); distribuição granulométrica trimodal aos cimentos Variolink II (0,2 3,3µm) e RelyX Veneer (0,6 29µm), e monomodal ao AllCem Veneer (1 4,1µm); maior GC ao cimento AllCem Veneer (71,23%±5,53; p<0,05), enquanto RelyX Veneer (66,00%±6,84) e Variolink II (62,24%±2,45) não diferiram entre si (p=0,1306). A solução de ácido lático contribuiu para maiores alterações sobre o conteúdo inorgânico do cimento Variolink II, porém este material demonstrou maior degradação polimérica após imersão em saliva artificial. O cimento RelyX Veneer degradou tanto em saliva artificial quanto em ácido lático, não havendo diferenças em relação à solução degradante. O cimento AllCem Veneer não revelou degradação química após imersão em ambos os meios testados. Em 24h de exposição, os resíduos do cimento AllCem Veneer garantiram a maior viabilidade celular para fibroblastos 3T3 (90,0±6,3), enquanto os do cimento Variolink II a menor (7,43±0,17). Após 72h de exposição, todos os extratos salivares ofereceram citotoxicidades importantes aos fibroblastos. Concluiu-se que os cimentos resinosos avaliados são passíveis de sofrerem degradação em condições que simulam o ambiente oral. Existiu uma relação direta entre degradação química dos cimentos resinosos e efeitos citotóxicos in vitro a fibroblastos 3T3. |