Análise dos polimorfismos dos genes CP, CYBRD1, HAMP e SLC40A1 nos pacientes com porfiria cutânea tardia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Succi, Isabella Brasil
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8537
Resumo: A porfiria cutânea tardia (PCT) é a mais frequente de todas as porfirias e a de maior interesse dermatológico. Resulta da redução da atividade da enzima uroporfirinogênio descarboxilase (UROD). Sua etiologia não está completamente elucidada, sendo necessários fatores ambientais e genéticos para a expressão clínica da doença. A sobrecarga de ferro tem sido comumente encontrada nos pacientes com PCT. A razão exata pela qual o ferro se acumula nestes pacientes é desconhecida. Há uma evidência crescente de que a siderose hepática é o ponto crítico na patogênese da PCT. Assim, nosso objetivo foi avaliar a presença dos polimorfismos nos genes CP, CYBRD1, HAMP e SLC40A1, responsáveis pela regulação do ferro, nos pacientes portadores de PCT. Como nossa população é uma das mais heterogêneas, visto que poucos países no mundo passaram por uma miscigenação tão intensa quanto o Brasil, o que pode levar a importantes implicações na predisposição às doenças; também avaliamos a ancestralidade genética destes pacientes. Foram incluídos 30 pacientes residentes do Rio de Janeiro, com diagnóstico clínico, laboratorial e/ou histopatológico de porfiria cutânea tardia esporádica. Analisamos a ancestralidade genética destes pacientes através de 46 marcadores informativos de ancestralidade INDELS. A genotipagem foi realizada através da PCR em tempo real, utilizando-se sonda TaqMan® de uso comercial. A reação da PCR foi realizada com auxílio do termociclador ABI StepOnePlus Real-Time PCR System através da análise de discriminação alélica. Houve um predomínio significativo da ancestralidade européia na amostra (70,2%), com pequena contribuição das raízes africana e ameríndia, 20,1% e 9,7% respectivamente. Não foi observada nenhuma associação entre os polimorfismos estudados e as raízes ancestrais genéticas. O alelo G do gene CP foi mais frequente entre os pacientes. As frequências dos genótipos GG e AG foram maiores no grupo com PCT do que nos indivíduos saudáveis. No gene SLC40A1, houve frequências maiores do alelo C em indivíduos saudáveis. Os genótipos CC e CT foram mais frequentes nos controles. De acordo com este estudo, a presença do alelo G (gene CP) parece predispor os portadores para o desenvolvimento da PCT. Em contrapartida, a presença de um único alelo C (gene SLC40A1) parece já conferir proteção contra PCT, visto que ambos os genótipos CC e CT foram mais frequentes nos controles.