A fala e a escrita de alunos quilombolas: intersecção nos estratos da língua
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5953 |
Resumo: | Esta tese se fundamenta nas teorias que propõem o estudo da língua em contexto de uso. O interesse pela temática da pesquisa resultou da evidente escassez de investigação científica sobre o universo dos alunos quilombolas, com foco na população mato-grossense, especificamente, no que tange à área da linguagem. Insere-se na área dos estudos de língua portuguesa. É centrada em três aspectos principais, que são: 1º) descrição dos usos da língua portuguesa pelos alunos da comunidade escolar quilombola de Mata Cavalo; 2) discussão quanto à modalidade oral e à modalidade escrita da língua; 3) os diferentes estratos da língua, a saber: o morfológico, o sintático e o fonológico de ambas as variantes. Na modalidade oral, quanto aos estratos morfológico lexical, serão analisadas as formas verbais no infinitivo, no gerúndio e no pretérito. No nível sintático, as análises serão focadas nas concordâncias nominal e verbal e nos marcadores discursivos; e por último, no estrato fonológico, será objeto de análise a redução de palavras, e, ainda, a descrição do rotacismo. Na modalidade escrita, no que se refere ao estrato morfossintático, será objeto de análise a concordância nominal (uso de artigo, adjetivo, pronome, numeral e substantivo), concordância verbal (sujeito/verbo), o uso de expressões coloquiais (marcas de oralidade), o apagamento da desinência marcadora de infinitivo nos verbos, e o deslocamento de sílaba tônica. No nível sintático, serão analisadas as construções dos períodos por coordenação e por subordinação, os usos dos sinais de pontuação (vírgula e ponto final), e o emprego impreciso de recursos coesivos. No nível fonológico, será analisado o apagamento equivalente à supressão de um segmento (consoante, vogal ou glide) ou de uma sílaba inteira nas palavras. A concepção de língua(gem) adotada para esta pesquisa é a sociointeracionista, na qual o texto oral ou escrito é concebido como um lugar de interação entre os sujeitos. No que se refere à metodologia, o estudo se insere na perspectiva etnográfica, de natureza qualitativa, e se caracteriza como uma pesquisa linguístico-interpretativista. Como suporte teórico, adotou-se a Linguística Textual, especialmente no que se refere à existência de um continuum entre as modalidades da fala e da escrita, com os autores Marcuschi (2005, 2007, 2008), Koch (1984, 1997, 1999, 2001, 2002, 2005) e Bakhtim (1988, 2003) no que diz respeito à linguagem como fenômeno social. Autores que discutem conceitos relacionados às práticas pedagógicas, como Molica (1998), foram, também, estudados |