Custo-efetividade da tomografia de emissão de pósitron (PET scan) no diagnóstico diferencial do nódulo pulmonar solitário na perspectiva do Sistema Único de Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bastos, Cláudia Regina Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4751
Resumo: Nódulos pulmonares solitários de origem indeterminada representam ainda um desafio clínico contemporâneo. A rápida identificação e ressecção do NPS de etiologia maligna é fundamental tanto para possibilitar melhor sobrevida dos pacientes, como para evitar diagnósticos invasivos desnecessários e complicações cirúrgicas potenciais em indivíduos com lesões benignas. O PET scan tem sido apontado como uma ferramenta diagnóstica útil para melhorar o processo diagnóstico desses nódulos. Avaliou-se a custo-efetividade da adição da tomografia de emissão de pósitrons (18FDG-PET-TC) à rotina diagnóstica com biópsia por punção aspirada com agulha fina (PAAF) rotineiramente utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para o diagnóstico diferencial do Nódulo Pulmonar Solitário (NPS). O modelo analítico de decisão representou uma coorte hipotética de indivíduos do sexo masculino, com 60 anos de idade, tabagistas, apresentando NPS sólido indeterminado, de 8-30mm de diâmetro e localização periférica, em lobo superior, sem calcificação, espículas, linfonodos mediastinais aumentados ou evidência de metástases à distância, e com risco de malignidade intermediário (5-65%). A estratégia convencional de detecção foi comparada à adição da 18FDG-PET-TC. O horizonte temporal compreendeu todo o período de vida dos indivíduos da coorte. Utilizou-se a perspectiva do Sistema Único de Saúde como financiador do sistema e, como medida de efetividade, os anos de vida ganhos (AVG) diagnosticados pela inclusão da PET. Foram considerados apenas os custos médicos diretos, os quais incluíram os custos dos procedimentos diagnósticos, dos procedimentos cirúrgicos e do manuseio das complicações relacionadas aos procedimentos utilizados. Custos e benefícios foram descontados em 5%. Foram realizadas análises de sensibilidade determinística (univariada e bivariada) e probabilística. O uso da 18FDG-PET-TC resultou em 10,1 anos de vida ganhos (AVG), mas a um custo adicional de R$16.153.000,00, resultando em uma razão de custo efetividade incremental descontada de R$ 1.596.306,93 por ano de vida ganho. Os parâmetros de maior impacto na análise univariada foram taxa de pneumotórax, complicações e morte por lobectomia por toracotomia aberta e sobrevida do paciente com estadio T1N0M0, mas os resultados foram robustos e sistematicamente elevados frente a ampla faixa de variações testadas nestas análises de sensibilidade e na análise probabilística. Os custos da adição da PET-TC mostram-se significativos, e o resultado não viabiliza seu uso em escala nacional na rede pública de saúde, devido ao pequeno benefício adicional considerando o elevado custo adicional.