Avaliação da eficiência biológica relativa (RBE) de raios X de baixa energia
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20501 |
Resumo: | A radiação ionizante vem sendo empregada na obtenção de imagens para diagnóstico, monitoramento de doenças e na terapia do câncer, contribuindo no aumento da expectativa de vida da população. Entretanto, atualmente, com o maior acesso aos exames que empregam raios X para a obtenção da imagem, a dose coletiva de exposição à radiação ionizante na população tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas, o que é um fator preocupante, uma vez que a radiação ionizante é um agente genotóxico sem determinação de um limiar de dose, para exposições de baixa dose e baixa energia, como as que ocorrem nos exames diagnósticos. Lesões radioinduzidas pela exposição radiográfica diagnóstica, acumuladas no decorrer da vida, podem induzir o processo de carcinogênese. A mama é um dos órgãos humanos mais radiossensíveis e está frequentemente inserido no campo de exposição à radiação diagnóstica, além da diretriz de exames recorrentes de mamografia em mulheres assintomáticas, que possui a intenção de detectar precocemente a ocorrência do câncer de mama. A mamografia possui características específicas da qualidade do feixe de raios X, que o capacitam para a formação da imagem. Porém, a caracterização do feixe mamográfico tem sido relacionado a um padrão de ionização mais denso do meio que foi exposto ao feixe do que a ionização do mesmo meio por outros tipos de feixes radiográficos, até com capacidade energética maior do que o mamografico. Consequentemente, originou-se o interesse em comparar os efeitos biológicos da exposição a feixes de raios X diagnósticos com níveis diferentes de energia (28 e 150 kVp), com o propósito de verificar se o feixe de menor energia seria capaz de comprometer o equilíbrio dinâmico celular de forma mais efetiva do que o feixe de energia mais elevada. A avaliação dos efeitos biológicos decorrentes da exposição ao feixe de raios X de 28 kVp, tensão aproximada aos utilizados na mamografia, em relação a um de 150 kVp. Os ensaios biológicos foram realizados em diferentes modelos experimentais. Entre os ensaios realizados as características avaliadas foram: a capacidade dos feixes de raios X em induzir lesões ao DNA, mediante da construção de curvas de sobrevivência; capacidade de reparo das lesões radioinduzidas e o cálculo da eficiência biológica relativa (RBE). Em síntese, nossas analises mostram que a exposição ao feixe de raios X de 28 kVp induziram redução moderada da fração de sobrevivência e aumento na indução de lesões no DNA dos modelos experimentais utilizados, em relação aos resultados apresentados pelo feixe de raios X de 150 kVp. Porém, as lesões radioinduzidas por ambos os feixes de raios X foram quase que efetivamente reparadas em um prazo de 24h após a exposição à radiação. A maior eficiência do feixe de raios X de 28 kVp, em relação aos de 150 kVp, parece estar relacionado a formação de quebras duplas no DNA, que são formadas de forma indireta na tentativa de reparo, uma vez que as lesões simples estão dispostas mais próximas umas das outras no feixe de 28 kVp do que as induzidas pelo feixe de 150 kVp. |