Qualidade da água no reservatório de Lajes-RJ: ocorrências de Cianobactérias e Cianotoxinas
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (PROF-ÁGUA) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22263 |
Resumo: | A represa de Lajes merece especial atenção devido a sua significativa contribuição ao sistema de abastecimento através da Companhia Estadual de Águas e Esgotos - CEDAE, sendo captados 5,5 m3/s, através de dois pontos de captação, para o abastecimento de 1,6 milhão de habitantes distribuídos em 7 municípios: Itaguaí, Japeri, Paracambi, Queimados, Rio de Janeiro, Seropédica e Piraí. O crescimento de cianobactérias vem se tornando cada vez mais frequente, indicando a necessidade de constante monitoramento. À vista disso, este trabalho objetivou avaliar os fatores e as variáveis que favorecem a floração de cianobactérias no ponto próximo a barragem do Reservatório de Lajes, através de coletas semanais, em quatro profundidades (superfície, 5m, 10m e 20m) durante o período janeiro/18-janeiro/19. Os parâmetros estudados foram: contagem e identificação das espécies de cianobactérias, nitrito, nitrato, amônia, ortofosfato, fósforo total, clorofila-α, oxigênio dissolvido, temperatura da água e para avaliação da ocorrência das cianotoxinas, microcistina, saxitoxina e cilindrospermopsina. O reservatório de Ribeirão das Lajes apresentou, durante o estudo, ocorrência de elevadas densidades de cianobactérias tendo ocorrências de aproximadamente 150.000 a 250.000 cél.mL-1 e com picos de 400.000 cél.mL-1, violando os limites estabelecidos pela CONAMA 357/05 para águas do tipo classe 1 (20.000 cél.mL-1) em praticamente todo o ano, com diferenças significativas entre as estações climatológicas, tendo apresentado valores mais baixos no inverno. Dos gêneros identificados de cianobactérias, Aphanocapsa, Limnococcus, Lemmermanniella/Epigloeosphaera e Planktolyngbya limnetica se alternaram entre os gêneros dominantes de cianobactérias, sendo influenciados pelas estações climatológicas. Apesar da ocorrência do gênero Aphanocapsa ao longo de todo o período estudado, não foi detectada a presença das cianotoxinas avaliadas. Os resultados obtidos para os parâmetros oxigênio dissolvido e temperatura da água corroboram estudos desenvolvidos no reservatório que observaram uma estratificação térmica durante o verão, outono e primavera, ocorrendo a desestratificação no inverno. O grau de trofia do reservatório foi classificado como ultraoligotrófico para oligotrófico, apresentou baixas concentrações de clorofila-α, nitrogênio e fósforo, praticamente não sendo quantificadas concentrações de ortofosfato, possivelmente sendo limitante a organismos fitoplanctônicos. Apesar do baixo grau de trofia classificado pelo Índice de Estado Trófico – IET desenvolvido pela Companhia do Estado de São Paulo – CETESB, o reservatório foi enquadrado como moderadamente degradado pelo Índice de Qualidade de Águas em Reservatórios desenvolvido pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP. Embora as águas da represa de Lajes sejam consideradas de ótima qualidade e está situada em região onde não há indícios de forte contaminação antropogênica, é necessário uma permanente preocupação com as ocorrências de cianobactérias, devido ao aumento de densidade ao longo do tempo e a presença de gêneros potencialmente produtores de cianotoxinas. |