Milton Hatoum no parlatório: entre crônicas e paratextos digitais
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19951 |
Resumo: | Este trabalho tem por objetivo discutir o posicionamento do escritor brasileiro Milton Hatoum no campo literário focalizando sua produção como cronista. Propomos a ideia do parlatório como um modo de entrada nesta modalidade de escrita na obra do amazonense e para tanto estudamos um corpus de 56 crônicas publicadas na Revista Eletrônica Terra Magazine, nos anos de 2006 a 2010. Acrescentamos ao estudo algumas postagens do autor em redes sociais acerca da espécie crônica. Adicionalmente, elaboramos uma reflexão sobre a problemática da crônica no Brasil, a fim de pensarmos as relações entre esta espécie literária e o advento da imprensa, uma vez que a crônica é um gênero hibrido e sua trajetória se confunde com a história do jornal. Com isso, fez-se necessário revisitar algumas definições da espécie, bem como questões do campo da Teoria Literária (COUTINHO, 2003; MASSAUD, 1968; CANDIDO, 1992) acerca dos limites e impasses na conceituação da crônica. Em nosso estudo, o termo “crônica de” Milton Hatoum visa a ressaltar as marcas de estilo singulares que formam uma poética de autor, de cujo corpus mencionado retiramos 12 crônicas, classificadas em três categorias: Autobiográficas, Metanarrativas e Metaideológicas (CEIA, 2009). A imagem do escritor no parlatório, a partir da leitura comparativa entre Machado de Assis e Milton Hatoum, nos leva a afirmar que desde a obra do bruxo já se problematizava a imagem de “escritores de gabinete”. O parlatório é visto como um lugar onde o escritor procura ‘dar a cara a tapas’, ao militar, criticar e denunciar os problemas sociais do país e do mundo, seja nos meios digitais, impressos ou nas redes sociais. Por fim, defenderemos que, no parlatório, há uma “conversa barulhenta” entre escritor e público, como veremos nos estudos sobre os paratextos (GENETTE, 2010), com foco nas redes digitais de que participa Hatoum. |