Constelações latino-americanas na figuração Argentina-Brasil: anos 60-70
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Artes |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19384 |
Resumo: | O presente trabalho tem por objetivo observar como se comporta certa retomada da figuração no contexto argentino e brasileiro dos anos 1960-70, sobretudo nos momentos de acirramento dos regimes ditatoriais locais. No cenário portenho, movimentos como Otra e Nueva Figuración apresentavam nexos com certa “atitude conceitual”, evidente nos discursos visuais de nomes como Luis Felipe Noé. Já na Nova Objetividade Brasileira e Nova Figuração, artistas brasileiros de certa forma influenciados pela produção argentina um pouco mais amadurecida apresentaram, em mostras como Opinião 65, trabalhos em crítica frontal à ditadura recém-instaurada. As constelações do título partem - sem o compromisso estrito de um atrelamento - do conceito/percurso benjaminiano a partir das imagens, deslocadas de seu contexto original face a um “tempo de agora” - e que podem, como nas Teses, produzir os “clarões” necessários a uma nova percepção/reconstrução da(s) História(s). Para analisar tais obras, percorreu-se arquivos físicos como os do MAM-RJ e MAC Niterói, além de catálogos impressos de mostras relacionadas ao tema. E, sobretudo em razão da pandemia, uma série de sites de artistas como Luis Felipe Noé, Jorge de La Vega, Carlos Vergara, Carlos Zilio, Rubens Gerchman, galerias como a Jacques Martinez de Buenos Aires e arquivos virtuais de centros de pesquisa como o ICAA de Houston. Textos dos próprios artistas e de críticos daquela época foram colocados em diálogo com os de autoras e autores mais atuais dedicados ao estudo destas questões. No agrupamento de obras dos dois países (impossível na época devido à censura, ditaduras e o exílio ao qual os artistas estavam sujeitos), constata-se a força de plásticas e imagens que não se esgota no mero deslinde de seus contextos históricos - e cuja evocação revela assustadora atualidade face aos avanços autoritários mais recentes de norte a sul do continente americano. |