A Representação social do HIV/Aids segundo membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19044 |
Resumo: | O presente estudo tem como objetivo geral analisar a representação social do HIV/Aids segundo membros evangélicos da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Os objetivos específicos são identificar os conteúdos constitutivos da representação social do HIV/Aids segundo membros evangélicos da Igreja adventista do sétimo dia;descrever os conteúdos e a sua organização interna evidenciando a estrutura da representação a partir dos pressupostos da Teoria do Núcleo Central; discutir os possíveis conteúdos centrais, que dão sentido à representação, a partir da análise prototípica e da análise de similitude; relacionar a representação social do HIV/Aids constituída pelos membros da Igreja com os preceitos e orientações da religião adventista do sétimo dia. Trata-se de um estudo do tipo descritivo, com abordagem qualitativa, orientado pela Teoria das Representações Sociais em sua abordagem estrutural, realizado nas igrejas adventistas do sétimo dia, no distrito de Madureira na cidade do Rio de Janeiro. Participaram do estudo 78 pessoas, membros da igreja adventista do sétimo dia.Na coleta de dados com a aplicação da técnica de evocação livre de palavras ao termo indutor HIV/Aids. Após o processamento do corpus pelo software EVOC 2005 foi gerado o quadro de quatro casas, morte e doença, foram consideradas por hipótese como central em função da sua alta frequência. Por outro lado, a análise de similitude por coocorrência ratificou esta hipótese assim como reafirmou a palavra doença como central. A representação contempla as três dimensões essenciais descritas por Serge Moscovici. A dimensão da informação ou do conhecimento é amais expressiva entre os conteúdos representacionais, evidenciando conceitos, características da doença e informações acerca dos modos de transmissão, assim como do cuidado para evitar a infecção pelo vírus. A dimensão afetivo-atitudinal apresenta o posicionamento do grupo frente à doença ou suas consequências sendo de caráter emocional, que se fazem presentes desde o início da epidemia em diferentes grupos sociais como é o caso do medo, da tristeza e do sofrimento. A dimensão imagética se apresenta nas palavras cura e morte. O método de coleta e análise de dados mostrou que o grupo concebe o objeto a partir de dois núcleos de sentido, que estabelecem relações coerentes, mostrando que a Aids significa doença e morte, com seus respectivos conteúdos associados, para mais objetividade, pode-se dizer que para os adventistas participantes do estudo a Aids é uma doença, qualificada como incurável, cuja contaminação ocorre pelo sexo, sangue e pelas drogas e pode ser evitada pelas medidas de prevenção, porém ainda causa medo e morte, havendo, no entanto,uma esperança de cura. A morte por sua vez, como geradora de sentido, emana sentimentos de dor, tristeza, sofrimento e preconceito. O coquetel, conforme é o tratamento medicamentoso com a associação de vários medicamentos, é a única arma para o seu enfrentamento. Conclui-se que há coerência na forma como o grupo pensa a Aids assemelhando-se a representações de outros grupos sociais, principalmente de indivíduos que não convivem com o vírus e a doença e os profissionais de saúde. |