A formação do professor alfabetizador em Niterói: propostas e fundamentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pinto, Flávia Soares Diniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18783
Resumo: A formação de professores, sobretudo nos últimos anos, tem sido foco de vários questionamentos em termos da sua efetividade para atender as demandas da sociedade contemporânea. Os modelos de formação inicial adotados, especialmente os decorrentes das políticas e das propostas curriculares de formação dos professores, mostram-se frágeis. Diante da constatação das lacunas na formação inicial, busca-se com a formação continuada oferecer ao professor oportunidades de desenvolver saberes e competências necessários para uma atuação pedagógica mais sólida. As ações de formação continuada permitem a ampliação de conhecimentos sobre os novos aspectos que compõem as relações de ensino e de aprendizagem escolares. Permitem, ainda, valorizar os saberes da experiência e a troca entre os pares (NÓVOA, 1992; 2017; TARDIF, 1998; GATTI, 2008). Quando se trata da formação continuada do professor alfabetizador, especificamente no contexto brasileiro, sua essencialidade fica acentuada diante dos índices de proficiência em leitura e escrita, ainda considerados insatisfatórios (ESTEBAN, 2012; ANA, 2014). Como alternativa, são propostas políticas públicas específicas tanto em nível nacional (PROFA, Pró-Letramento e PNAIC), como municipal (SANTOS, 2017; PNE, 2014; CANUTO, 2020). Diante desse cenário, esta pesquisa investiga as iniciativas de formação continuada operacionalizadas pela Rede Municipal de Educação de Niterói/RJ e busca identificar aspectos históricos significativos acerca das tendências da formação continuada de professores alfabetizadores, tomando como foco de análise os Planos Municipais de Educação de Niterói (2008/2016) e as percepções de professoras alfabetizadoras sobre as formações continuadas oferecidas pela rede. Como encaminhamento metodológico, adotou-se uma abordagem qualitativa da pesquisa (MINAYO, 2001) inspirada nos fundamentos da pesquisa documental (GIL, 2008). Para a produção dos dados, utilizou-se um questionário com perguntas abertas destinado a professoras alfabetizadoras que se dispuseram a respondê-lo. O questionário foi organizadocom base nas seguintes categorias: faixa etária, tempo de atuação, razões da opção por atuar em turmas de alfabetização, atuação na mesma escola ou em várias escolas, funções exercidas, forma de ingresso na rede, percepção sobre ser alfabetizador, participação em formação continuada e articulação do Plano Municipal de Educação com as formações. Os dados e resultados indicam que as formações continuadas realizadas pela rede sofrem interferência direta da gestão municipal. Suas proposições, organização e operacionalização dependem das equipes pedagógicas que estão à frente da rede em cada momento político. Observa-se como característica estruturante das ações de formação continuada da rede a busca por parcerias/assessorias externas e a utilização do “incentivo financeiro" como estratégia de estímulo à participação nas formações. Embora se identifiquem na rede esforços para promover formação continuada de profissionais da educação, os Planos Municipais ainda são reticentes quanto à formação continuada específica para alfabetizadores.