Controle do território, identidade e existência: a histórica relação de poder sobre a Colônia de Pescadores Almirante Gomes Pereira- Ilha do Governador- RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ferreira, Jamylle de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13522
Resumo: A Colônia de Pescadores Almirante Gomes Pereira, localizada na Ilha do Governador, Rio de Janeiro é uma antiga área da Marinha na qual se estabeleceram pescadores artesanais, formando um núcleo de moradia cujo nome oficial deriva da instituição, também assim chamada, presente em seu interior e fundada em 1920 durante uma Missão organizada pela Marinha do Brasil entre 1919 e 1923. Essa dissertação aponta para as relações entre a organização social da localidade e as marcas do poder imposto por diversos agentes, entre eles a Marinha do Brasil, que controlou a área entre 1920 (data da criação da comunidade pesqueira) e 1996 (quando seu controle foi transferido para a Prefeitura do Rio de Janeiro). A discussão está centrada na década de 1990, uma década de muitas mudanças e de muitas promessas (tal como o título de propriedade dos terrenos, até hoje uma promessa), que chegam junto com a institucionalidade urbana, tendo como marco essa passagem de controle. A criação da Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana do Jequiá (APARU do Jequiá), modificando o Plano diretor da Cidade em 1992 e ganhando uma Lei específica em 1993, a chegada dos serviços urbanos em 1998, seguida da construção e implantação do CEA (Centro de Educação Ambiental) em 1999 foram acompanhados de muita polêmica, gerada principalmente pelo descontentamento em face à desconsideração dos grupos sociais já organizados na localidade. Neste novo contexto de progressiva reversão da área de militar a urbana é criada uma Associação de Moradores em 1993, uma entidade que expressa a luta de movimentos sociais urbanos. É a partir da história oral e das memórias dos moradores que a pesquisa analisa as relações de poder e dominação, bem como a resistência da comunidade diante da crise do seu modo de vida, e o fortalecimento de uma identidade pesqueira que vai sendo forjada 1 num presente que se alimenta do passado devido às ameaças e insegurança impostas por esse presente.