Uso da memantina na doença de Alzheimer grave: análise de custo-efetividade na perspectiva do Sistema Único de Saúde.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4519 |
Resumo: | A Doença de Alzheimer (DA) representa a causa mais comum de demência, sendo uma doença neurodegenerativa progressiva e incurável, expressa por uma diversidade de sintomas neuropsiquiátricos. É a principal responsável pelas taxas de mortalidade e de dependência funcional entre os idosos, representando um impacto econômico importante para as famílias e sistemas universais de saúde. Apesar da literatura observar que os efeitos da memantina na DA são pequenos, o fármaco foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2017. No entanto, ao contrário do preconizado pela normativa legal acerca da incorporação de tecnologias no SUS, este processo não foi acompanhado de uma avaliação econômica completa que demonstrasse a custo-efetividade deste fármaco. Este estudo examinou a custo-utilidade da memantina para a DA grave em comparação a nenhum tratamento farmacológico específico, sob a perspectiva do SUS como financiador da assistência. Foi conduzida uma revisão sistemática de estudos de avaliação econômica que usaram a memantina isolada ou combinada com doenepezilpara a DA moderada a grave. A revisão permitiu conhecer o estado da arte das avaliações econômicas e possibilitou levantar aspectos gerais relacionados às modelagens utilizadas nos estudos de forma a auxiliar na construção do modelo de decisão analítico conduzido no estudo de custo-efetividade. Foi construído um modelo de Markov para modelar a progressão da doença com base nos estados de gravidade da DA (leve, moderado e grave), definidos pelo Mini- Exame do Estado Mental (MEEM), acrescidos do estado morto. Foram considerados ciclos de 1 ano e o horizonte temporal adotado foi de 5 anos. Os custos da memantina foram considerados por 2 anos, porém os efeitos observados apenas ao longo do primeiro ano. Custos e benefícios foram descontados em 5%. Comparado com nenhum tratamento específico, a memantina representou um aumento nos custos do cuidado e nos ganhos obtidos em QALY. Os pacientes que usaram memantina tiveram um ganho de 3,080 QALY ao longo dos 5 anos simulados a um custo incremental de R$ 351.500,00 em valores já descontados, resultando em uma RCEI de R$ 114.205,75 por QALY, para o caso de referência. Os resultados encontrados são de difícil comparação com estudos realizados fora do país. Desta forma, sua incorporação não seria justificada no contexto nacional, dados seus custos elevados e um benefício pequeno e circunscrito ao tempo. |