Formação de biofilme em superfícies abióticas por Corynebacterium guaraldiae e Corynebacterium aurimucosum e bioatividade do cinamaldeído

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Soares, Thalita Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22588
Resumo: Corinebactérias são bacilos Gram-positivos pleomórficos pertencentes ao microbioma da pele e mucosas, devido a isso o seu potencial patogênico foi negligenciado por muito tempo. Entretanto, casos de infecções em humanos causados por Corynebacterium spp. têm sido crescentes, envolvendo quadros infecciosos com infecções respiratórias, conjuntivite, endocardite e infecções do trato urinário. O objetivo do presente estudo foi avaliar o potencial de virulência de Corynebacterium guaraldiae e Corynebacterium aurimucosum, a toxicidade do cinamaldeído e suas propriedades antibacterianas. Para avaliar o potencial de virulência, foram utilizadas metodologias de formação de biofilme em superfícies abióticas (poliestireno, cateter de poliuretano e inox); para verificar a toxicidade do cinamaldeído, foram executados o teste in sílico frente linhagens de células tumorais utilizando a plataforma CLC-Pred, e in vivo utilizou-se o microcrustáceo Artemia salina e a larva Tenebrio molitor. Foram executados também os testes de erradicação de biofilme em superfície de poliestireno e tratamento de infecção induzida por C. guaraldiae e C. aurimucosum em T. molitor utilizando o cinamaldeído. Em relação a capacidade de formação de biofilme, foram observadas em ambas as espécies a positividade dos ensaios para as superfícies de poliestireno e poliuretano, mas não em superfície de inox. O cinamaldeído quando testado in silico, mostrou-se um composto seguro para uso, visto que não houve toxicidade frente as linhagens celulares selecionadas. Nos testes in vivo realizados, o cinamaldeído não apresentou toxicidade frente as larvas de T. molitor, entretanto, foi tóxico para A. salina, podendo ter relação com a atividade antimicrobiana dele. O composto foi capaz de erradicar em todas as concentrações testadas, aproximadamente, 90% dos biofilmes pré-formados por C. guaraldiae e C. aurimucosum. Por fim, verificou-se que o cinamaldeído apresentou atividade protetora frente alguns isolados deste trabalho. Diante do exposto, conclui-se que as espécies de C. guaraldiae e C. aurimucosum apresentam fatores que podem contribuir para o estabelecimento e disseminação de infecções e o cinamaldeído apresentou características eficazes para o tratamento de infecções causadas pelas espécies estudadas, mas estudos complementares são necessários