Avaliação das adipocitocinas pré e pós tratamento com tocilizumabe em pacientes com artrite reumatoide

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Freitas, Ana Beatriz Santos Bacchiega de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8659
Resumo: A doença aterosclerótica é a principal causa de morte nos pacientes com artrite reumatoide (AR). A interpretação do lipidograma nos pacientes com AR deve ser cautelosa e não pode ser o único parâmetro para a avaliação do risco cardiovascular (CV) visto que pode estar falsamente normal, em virtude do chamado paradoxo lipídico. As adipocinas foram apontadas como possíveis biomarcadores de desfecho CV na população geral, mas ainda não existem estudos nos pacientes com AR. Tocilizumabe (TCZ) é um medicamento usado no tratamento da AR e que piora o perfil lipídico, um achado ainda de significado prognóstico incerto. Os objetivos principais deste estudo foram avaliar a variação das adipocinas (leptina, adiponectina e resistina) no soro dos pacientes com AR no início e na 16ª semana de terapia com TCZ. Também correlacionar marcadores inflamatórios (PCR), atividade da AR (DAS28 PCR) e avaliação da função endotelial. Trata-se de um estudo de coorte observacional, prospectivo, avaliando pacientes maiores de 18 anos, de ambos os gêneros, com AR com indicação de TCZ ou medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD), metotrexato (MTX) ou leflunomida (LEF). Os critérios de exclusão foram: síndrome coronariana aguda nos últimos 3 meses e hipertensão arterial descontrolada (PAS >160 mmHg ou PAD ≥110mmHg). A avaliação da função endotelial foi realizada pela medida da dilatação mediada por fluxo (FMD). Foram selecionados 42 pacientes com atividade de doença moderada ou grave para participarem do estudo. No grupo TCZ foram incluídos 18 pacientes (1 perda 5,8%) e no grupo MMCD foram incluídos 24 pacientes (10 perdas 41,66%), 06 iniciaram metotrexato (42,85%%) e 08 leflunomida (63,15%). Os níveis de leptina permaneceram estáveis em ambos os grupos durante o período do estudo. A adiponectinemia variou de 15,58 (IQR 12,22) para 20,60 (IQR 26,09), com p 0,06 no grupo tratado com TCZ. Embora os níveis de resistina não tenham variado com significância estatística, encontramos no grupo TCZ correlações lineares monotônicas significativas entre a resistina e FMD Spearman rho -0,50 (p 0,04), resistina e DAS28 PCR Spearman rho 0,49 (p 0,048), além da resistina e PCR Spearman rho 0,53 (p 0,03). Em conclusão, na 16ª semana de uso do TCZ houve aumento da adiponectina. Foram evidenciadas as correlações entre resistinemia e FMD, DAS28 PCR e PCR. Contudo, ainda são necessários estudos para esclarecer se a resistina é apenas um marcador inflamatório ou se participa ativamente no dano vascular.