Efeito da estimulação transcraniana por corrente contínua e treinamento físico sobre o desempenho neuromuscular e cardiopulmonar de pacientes hemiparéticos crônicos por AVC: um ensaio clínico randomizado controlado
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12574 |
Resumo: | Sobreviventes ao acidente vascular cerebral (AVC) frequentemente manifestam prejuízos no controle voluntário motor, os quais impactam negativamente em sua capacidade física. Intervenções que estimulem a neuroplasticidade e aprimoramento da aptidão física são essenciais para a reabilitação desses pacientes. O objetivo da presente Tese de Doutoramento foi avaliar o efeito crônico da estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), associada ao treinamento físico, sobre o desempenho neuromuscular e cardiopulmonar de indivíduos hemiparéticos crônicos pós-AVC. Participaram do estudo 23 voluntários com 56±9 anos de idade, transcorridos 10 a 96 meses do AVC. Inicialmente, avaliou-se o nível de comprometimento funcional [Fugl-Meyer (FM), Berg e teste caminha de 10 metros]. Em seguida, os pacientes foram alocados em dois grupos (ETCC experimental e Sham controle) de forma randomizada e pareada pela função motora. Após a divisão, foram avaliadas: a) força máxima [pico de torque isométrico máximo de extensão (PT-Ext) e flexão (PT-Ext) de joelhos]; b) desempenho no teste cardiopulmonar de exercício em esteira rolante [consumo de oxigênio máximo (VO2máx) e no limiar ventilatório (VO2-LV); trabalho máximo (Wmáx) e no limiar ventilatório (WLV)]. Posteriormente, os indivíduos foram submetidos a 24 sessões de intervenção com ETCC [real ou placebo (Sham)] combinada a treinamento físico multimodal individualizado, com frequência de duas vezes semanais. Para quantificar os efeitos da intervenção, as avaliações iniciais foram repetidas em dois momentos: após 12 sessões (pós-12) e após 24 sessões (pós-24). Os desfechos foram comparados entre os grupos na linha de base (LB) por meio de teste t para amostras independentes. Para mensurar o efeito crônico da intervenção, calcularam-se os deltas percentuais (∆%) entre os momentos (LB, pós-12 e pós-24), comparando-os através de ANOVA de duas entradas com medidas repetidas, seguida de verificação post hoc de Fisher. O tamanho do efeito foi calculado pelo d de Cohen. Em pós-12, o grupo ETCC exibiu melhoras significativas em comparação ao grupo Sham para PT-Ext do membro parético (25,9±25,3% vs. 5,6±13,1%), VO2máx (25,9±25,3% vs. 5,6±13,1%), VO2-LV (25,9±25,3% vs. 5,6±13,1%), Wmáx (25,9±25,3% vs. 5,6±13,1%) e WLV (25,9±25,3% vs. 5,6±13,1%). Essas diferenças permaneceram no pós-24 para PT-Ext do membro parético (25,6±12,6% vs. -6,7±20,3%). Por fim, a funcionalidade traduzida por FM apresentou maior incremento em pós-24 vs. pós-12 apenas para o grupo ETCC (57,9±68,2% vs. 42,9±52,6%). Conclui-se que pacientes crônicos com sequela motora pós-AVC, submetidos à ETCC combinada a treinamento físico multimodal, exibiram maiores ganhos na força muscular, consumo de oxigênio, capacidade de trabalho e função motora do que aqueles que realizaram treinamento físico isolado. |