Defendamos, na criança, a geração de amanhã: o patronato de menores abandonados, assistência e educação à infância no Rio de Janeiro na década de 1910

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Luiza Pinheiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23009
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo analisar o processo de implantação/consolidação do Patronato de Menores Abandonados do Rio de Janeiro, evidenciando as ações de assistência e proteção empreendidas pela instituição em prol da infância pobre e abandonada ao longo da década de 1910. Criado na cidade do Rio de Janeiro em 1908, o Patronato de Menores foi concebido por iniciativa de filantropos envolvidos com a causa da infância como instituição privada de caráter assistencial, inicialmente mantida por meio de doações e, posteriormente, passando a receber subsídios do Poder Público. A periodização proposta para a pesquisa se justifica, considerando-se que a implantação e consolidação da instituição ocorreu no decorrer dos anos da década de 1910. Com este estudo, busca-se compreender as redes de sociabilidade concebidas por homens e mulheres da elite carioca envolvidos com a criação e funcionamento da instituição. Em seus primeiros anos de atividade, o Patronato constituiu-se como creche para crianças de até três anos, expandindo sua assistência a menores de todas as idades a partir do ano de 1915, quando passou a administrar o Asilo de Menores – instituição pública mantida por autoridades policiais da capital do país. Com o intuito de acolher, proteger e regenerar através da disciplina e do trabalho, o Patronato assumiu o propósito de assistir menores pobres e abandonados de ambos os sexos, a princípio da capital Federal, mas, ao longo dos anos, incorporou estabelecimentos do Estado do Rio de Janeiro. Por meio das fontes documentais constituídas por jornais, revistas, relatórios e livros, buscou-se compreender os debates em torno da criação da instituição e seu funcionamento, assim como as “táticas” e “estratégias” no processo de implantação e consolidação da instituição em seus primeiros anos de funcionamento. Na construção desta pesquisa, alguns autores foram decisivos para a compreensão das fontes documentais, entre eles Ginzburg (1989; 2007), Bloch (2001), Goffman (2003), Prost (2012), Sirinelli (2016), Velho (1986;1987), Certeau (1982; 1998); outros foram relevantes para o entendimento do contexto histórico, como Rizzini Irma; Rizzini Irene (2004), Rizzini (1990; 2012), Kuhlmann Junior (1991), Araujo (1993), Marcílio (1998), Chalhoub (2004), Camara (2004; 2010; 2014; 2017), Sanglard; Ferreira (2010; 2014), Sanglard (2014), Gondra (2000).