Análise fenotípica comparativa em pacientes brasileiros com doença de Parkinson com e sem mutações nos genes LRRK2 e GBA
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Biociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16301 |
Resumo: | A doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa caracterizada por uma marcante variabilidade fenotípica. Evidência acumulada aponta que a manifestação dos sinais clínicos da DP pode ser diferentemente modificada por fatores genéticos, como mutações nos genes LRRK2 e GBA. Sendo assim, o estabelecimento de correlações genótipo-fenótipo na DP tem importantes implicações na predição do prognóstico e pode contribuir para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas específicas. O presente estudo teve como objetivo conduzir uma análise comparativa de características motoras e não motoras em portadores e não portadores de mutações nos genes LRRK2 e GBA em uma amostra de pacientes brasileiros com DP. As análises moleculares para identificação das variantes ocorreram através da técnica de sequenciamento dos produtos da reação em cadeia da polimerase. Para a compilação dos dados clínicos e demográficos dos 131 pacientes com DP foi elaborado um formulário, contemplando a presença ou ausência de sintomas motores e não motores, assim como, a resposta ao tratamento com levodopa, a idade de manifestação e a história familiar da doença. A comparação dos dados de 22 probandos com alterações no gene GBA, 17 indivíduos com a mutação LRRK2 G2019S e 96 pacientes com DP idiopática mostrou diferenças significativas entre os grupos em relação à idade de manifestação (p = 0,004), história familiar da doença (p = 0,003) e à presença de tremor de repouso (p = 0,03); complicações motoras, como congelamento da marcha (p = 0,0498); e complicações não motoras, como sintomas depressivos (p = 0,04), e disautonomia (p < 0,0001). As idades de manifestação dos portadores de mutações resultaram em uma média menor que a média das idades dos não portadores, sugerindo que a presença de mutações pode adiantar o início da doença. O tremor de repouso esteve em frequência menor no grupo GBA-PD do que nos demais. Já no LRRK2-PD, os pacientes mostraram uma menor incidência de congelamento da marcha e disautonomia, quando comparados aos outros grupos. Além disso, verificou-se uma menor proporção de sintomas depressivos em ambos os grupos com mutações em comparação aos probandos com DP idiopática. Esses dados clínicos revelam diferenças na evolução da doença e sugerem a existência de diferentes subtipos genéticos. Nossas observações corroboram a hipótese de que a apresentação clínica da doença pode ser modificada por mutações nesses genes. Similaridades nos fenótipos da DP entre pacientes com genótipos comparáveis podem beneficiar o esclarecimento de perfis clínicos de acordo com características genéticas. |