Análise fenotípica e genotípica dos aspectos da virulência e da resistência ao telurito de potássio de amostras bacterianas isoladas de hemocultura de pacientes pediátricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fonseca, Bianca de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21906
Resumo: As Infecções Primárias da Corrente Sanguínea (IPCS) são eventos adversos graves, especialmente para pacientes vulneráveis. Dados de UTIs pediátricas apontam casos de IPCS majoritariamente por Staphylococcus coagulase negativa, Staphylococcus aureus, Complexo Klebsiella pnemoniae, Serratia spp. e P. aeruginosa. Esse trabalho objetivou correlacionar 59 amostras bacterianas, isoladas de hemocultura de 43 pacientes, à resistência aos antimicrobianos e ao K2TeO3, além de fatores de virulência em pacientes pediátricos hospitalizados. Do total de pacientes, 20 estavam neutropênicos e 23 não. A análise de dados evidenciou que cateteres de curta permanência foram mais suscetíveis às IPCS que os de longa permanência. As espécies mais frequentes identificadas pelo sistema MALDI-TOF MS, foram SCN (44,2%), K. pneumoniae (25,6%) e E. coli (18,6%). Aproximadamente, 75% das amostras apresentaram concordância na identificação entre o VITEK® 2 System e o MALDI-TOF MS. Os perfis mais diversos de resistência aos antimicrobianos foram entre as espécies SCN (17 perfis), K. pneumoniae (4 perfis) e E. coli (3 perfis). Entre os perfis de resistência de SCN, aproximadamente 1/3 exibia marcador para classificá-los como multirresistentes (resistência a OXA). Avaliando o crescimento em meio contendo K2TeO3 (25µg/mL e 112µg/mL), três amostras de E. coli e uma de K. pneumoniae apresentaram essa capacidade. Apenas três amostras de Staphylococcus, foram capazes de crescer na concentração de 112 µg/mL. Entre SCN e S. aureus foram observadas diferenças no crescimento no meio Vermelho do Congo. As amostras de K. pneumoniae foram capazes de produzir biofilme e cinco delas foram positivas para o teste do fio. Entre as amostras de E. coli, quatro albergavam genes de virulência relacionados à sideróforos e uma à produção de cápsula. Os resultados evidenciaram que a presença de doença onco-hematológica foi diferencial para hemoculturas positivas em neutropênicos, onde Staphylococcus epidermidis foi o principal agente identificado entre as bactérias Gram-positivas e Klebsiella pneumoniae, entre as Gram-negativas, que causou mais morbi-mortalidade. Apesar de limitada avaliação de fatores de patogenicidade/virulência e da não investigação de genes de resistência aos antimicrobianos nas cepas analisadas, considera-se que a quimioterapia favorece processos de translocação de bactérias intestinais. A K.pneumoniae foi o agente mais frequente nos casos de IPCS, e prováveis alterações podem ser decorrentes de processos de colonização associáveis às diversas internações dos pacientes. A avaliação nas culturas fecais de controle, poderiam incluir, além da pesquisa de cepas multirresistentes, a avaliação de fatores de patogenicidade/virulência através de meios contendo K2TeO3