Ou ficar a pátria salva ou morrer pelo Brasil : nacionalismo, carisma e o cisma presbiteriano de 1903
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em História Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13617 |
Resumo: | A presente dissertação tem como enfoque central a luta pelo controle do espaço político eclesiástico no protestantismo presbiteriano no período de 1880 a 1903, disputa ensejada pelo surgimento e o desenvolvimento de uma consciência nacional. Foram tomados como marcos delimitadores a década de 1880 em que se verifica o aumento gradativo do número de pastores nacionais ordenados e o cisma ocorrido em 31 de Julho de 1903. A pesquisa demonstra que essa ruptura na recém criada Igreja Presbiteriana no Brasil se deu em função de múltiplos e complexos fatores de ordem estrutural (o caráter combativo e a tendência ao cisma do protestantismo; a rigidez confessional e a construção da identidade pela diferença do calvinismo; a natureza política do sistema presbiteriano) e conjuntural (as discussões acerca da dupla jurisdição dos missionários, a ingerência das Missões sobre a Igreja brasileira, a falta de recursos financeiros, diferenças nos projetos missionários). Assim, sob o referencial teórico bourdiesiano sobre os campos, a tese defendida é que o Cisma Presbiteriano de 1903 teve como principal causa uma disputa de poder político eclesiástico entre nacionais e estrangeiros e depois mesmo entre os próprios nacionais; disputa essa capitaneada por um personagem carismático, Eduardo Carlos Pereira, pastor da Igreja Presbiteriana de São Paulo, sob a bandeira de um discurso nacionalista que, ao esvaziar se de poder persuasivo, foi sublimado por uma questão teológica, que, naquele momento histórico, era de segunda ordem. |