Avaliação da citotoxicidade e genotoxicidade do extrato metanólico de folhas de Chrysobalanus icaco L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cruz, Letícia Oliveira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7964
Resumo: Plantas medicinais são empregadas para o tratamento e cura de várias doenças desde os primórdios da humanidade, devido às suas propriedades terapêuticas. No Brasil, esta prática tem sido influenciada pelas civilizações indígena, africana e européia. A partir do conhecimento popular, essas espécies de plantas são usadas em diferentes formas, como chás, garrafadas, banhos, óleos essenciais e na culinária. A diversidade de metabólitos especiais presentes em diferentes partes das plantas tem despertado grande interesse da indústria farmacêutica, sendo que, atualmente, mais de 25% dos medicamentos comercializados são derivados, direta ou indiretamente, de plantas medicinais. Dentre elas, Chrysobalanus icaco L., ou abajeru, como é popularmente conhecida, apresenta, muitas atividades biológicas, detacando-se os efeitos: antiviral e hipoglicemiante. A literatura cita o isolamento um triterpeno (ácido pomólico), a partir do extrato metanólico dessa planta, capaz de inibir o crescimento e induzir apoptose em uma linhagem celular eritroleucémica. Com o objetivo de confirmar essa atividade em outra linhagem tumoral, amostras de C. icaco foram coletadas no Parque das Dunas, Cabo Frio , RJ, e extratos foram preparados a partir de folhas imersas em metanol (200 g/L). Células pulmonares humanas de carcinoma (linhagem A549) e linhagem normal (MRC5) foram tratadas com diferentes concentrações desse extrato. Após o período de tratamento de 24 horas, a atividade citotóxica foi analisada pelos métodos de exclusão de azul de trypan e recuperação clonogenica, enquanto que a genotóxica, pelo ensaio cometa. O maior efeito citotóxico foi observado quando as células foram expostas ao extrato I2FP nas concentrações de 6,25 e 12,5 μg/mL. Complementarmente, os genótipos, tanto das plantas como das linhagens celulares, podem desempenhar um papel importante nestes efeitos, uma vez que as células neoplásicas mostraram diminuição da capacidade mitogênica e observou-se danos no DNA das células pelo ensaio cometa. A análise cromatográfica do extrato foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), tendo-se detectado, majoritariamente, compostos fenólicos, tais como as flavonas. A técnica de histoquímica da lâmina foliar também detectou a presença de compostos fenólicos, além de alcalóides. O tratamento de plasmídeos com os extratos induziu quebras no DNA, além de aumentar a capacidade transformante dos mesmos. Finalmente, a taxa de sobrevivência foi menor na linhagem tumoral A549 do que nas células normais (MRC5). Demonstrou-se os potenciais citotóxico, genotóxico e anti-genotóxico do extrato metanólico de C. icaco em diferentes sistemas biológicos e que metabólitos secundários possam ser responsáveis pelas atividades detectadas neste estudo. Além de enfatizar a necessidade de se ter cuidado no uso indiscriminado destes extratos, assim como de qualquer outro produto, chamado pela população de natural