A moda da dança: um estudo sobre corpo, cidade e representações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Rodrigues, Ana Carolina Jobim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8980
Resumo: Este trabalho se dedica ao estudo da comunicação não-verbal, a partir da observação de que dança e moda se encontram freqüentemente em ambientes que não lhes são próprios por convenção. Aparentemente distintas, desenvolvem uma linguagem que muito se completa. A dança virou tema constante na moda e a moda foi apropriada pela dança. Em comum, dança e moda têm o corpo, meio sem o qual não poderiam existir. A Dança só existe essencialmente na presença de um ou mais corpos, que funcionam como meios de comunicação e registro da dança, e a moda surge para vestir esse corpo que, por conseguinte, lhe dá movimento. As características físicas do corpo modificam a vestimenta e o formato da roupa transforma o corpo, podendo gerar significados distintos. Esta pesquisa aborda a dança cênica e o sistema da moda como fenômenos de comunicação com características urbanas e tem como objetivo estudar as representações da moda presente no ambiente da dança cênica, a partir da análise de três espetáculos da companhia de dança Deborah Colker, do Rio de Janeiro. Metodologicamente, esta companhia foi selecionada por demonstrar uma preocupação de diálogo com a moda, sempre trazendo em seus espetáculos estilistas como figurinistas. Os espetáculos 4por4 (2002), Nó (2005) e Cruel (2008) trazem diferentes parcerias entre a coreógrafa e profissionais da moda. Acostumados a criar tendências, eles têm o desafio de inventar um figurino para um número limitado de personagens. Enquanto na moda eles criam para a sociedade, no espetáculo cênico, eles vestem as características de cada personagem. Como referencial teórico, esta pesquisa se utiliza do estudo do corpo como fato social de Marcel Mauss e o corpo como mídia de Harry Pross e Helena Katz, além do estudo de corpo e comunicação de Nízia Villaça e José Carlos Rodrigues. O conceito de sistema da moda será entendido a partir dos escritos de Roland Barthes e Gilles Lipovetsky, que o descrevem como característico da época atual. Isso quer dizer que, mesmo que as sociedades selvagens tivessem o gosto pela ornamentação, não era nada parecido com o processo e a noção do sistema da moda atual. Além disso, na área da dança foi necessária uma breve contextualização histórica para melhor compreendermos os diálogos entre moda e dança. José Gil e Denise Siqueira são autores importantes, pois estudaram não somente o espetáculo da dança cênica, mas também o corpo que dança.