Prevalência de genes do Sistema de Secreção do Tipo III e citotoxicidade de isolados clínicos de Pseudomonas aeruginosa oriundos de UTI, coinfectados ou não com SARS-CoV-2
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22709 |
Resumo: | Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista frequentemente encontrado nos hospitais e capaz de causar tanto infecções crônicas quanto agudas. No ambiente hospitalar um dos principais microrganismos causadores de Infecções Rrelacionadas à Assistência à Saúde. O perfil patogênico de P. aeruginosa está associado aos diversos fatores de virulência expressos, sendo o sistema de secreção do tipo 3 e suas proteínas efetoras, Exos, ExoU, ExoY, e ExoT, um dos mais estudados. As proteínas ExoU e ExoS estão relacionadas a uma maior virulência de isolados clínicos, sendo o genótipo exoS+/exoU- associado a infecções crônicas, enquanto que o genótipo exoS-/exoU+ está relacionado a processos infecciosos agudos. A infecção das vias aéreas inferiores por P. aeruginosa é uma importante causa de morbidade e mortalidade entre indivíduos hospitalizados e portadores de doenças respiratórias crônicas, parte devido à ação das proteínas do sistema de secreção do tipo 3. Esses indivíduos ficam mais suscetíveis à infecção simultânea com vírus que atingem as vias aéreas, como foi visto recentemente com o SARS-CoV-2, e mais propensos a internações em UTI. Este trabalho teve como objetivo verificar a presença de genes do SST3 e determinar o potencial citotóxico de isolados clínicos de P. aeruginosa originários de pacientes de UTI coinfectados ou não com SARS-CoV-2. Para isto, foi feita extração de DNA e PCR de 84 isolados de P. aeruginosa, coinfectados ou não com SARS-CoV-2, tendo como alvo as 4 proteínas efetores do sistema de secreção do tipo 3. Para determinar o potencial citotóxico foi feita a pesquisa da viabilidade de células epiteliais respiratórias da linhagem A549 infectadas com os diferentes isolados. Quando analisamos a prevalência de genes que codificam fatores de virulência do SST3, vemos que ExoT foi o fator de virulência mais prevalente nos isolados, sendo encontrado em 97,61% dos isolados clínicos de P. aeruginosa não infectados com SARS- CoV-2, e em 92,85% dos isolados de P. aeruginosa coinfectados com SARS-CoV-2. ExoY foi o segundo fator de virulência do SST3 mais prevalente, totalizando 80,95% das cepas, e 71,42% dos isolados clínicos de P. aeruginosa obtidos de pacientes sem e com coinfectados com SARS-CoV-2, respectivamente. As toxinas ExoS e ExoU divergiram quando comparados os 2 grupos de pacientes, uma vez que nos isolados clínicos de P. aeruginosa obtidos de pacientes coinfectados com SARS-CoV-2, exoS foi mais prevalente, presente em 50% das cepas, enquanto que exoU foi detectada em 40,47% das cepas. Os isolados obtidos de pacientes sem coinfecção, observamos proporções iguais (50% cada) de presença de exoS e exoU. Quanto à citotoxicidade dos isolados, nenhum espécime do grupo com coinfecção apresentou alta citotoxicidade. No grupo com coinfecção, as cepas clínicas 24, 25 e 26 além de apresentarem alta citotoxicidade, também foram exoU+. Nossos dados mostram que os isolados clínicos simultaneamente infectados com SARS-CoV-2 foram menos diversificados em relação aos grupos de genótipos achados, e menos citotóxico para células de mamíferos quando comparados com espécimes de P. aeruginosa sem coinfecção. |