Educação de adultos no cenário amazônico: Movimento de Educação de Base em Tefé/AM (1963-1982)
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17800 |
Resumo: | O Movimento de Educação de Base (MEB) criado em 1961, pelo Decreto n. 50.370/1960, foi fruto da parceria entre a Igreja Católica e o Governo Federal e tinha como intuito alfabetizar adultos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. O MEB Tefé desenvolveu suas atividades no decurso de quarenta anos (1963-2003), oferecendo às populações ribeirinhas cursos de alfabetização, profissionalizantes e treinamentos, ambos presenciais e via rádio. Seus cursos e programas radiofônicos versavam sobre diferentes temáticas, como alfabetização de adultos, educação sanitária, educação alimentar e para o lar, puericultura, orientação religiosa, cooperativismo, sindicalismo, dentre outros. Nesta investigação, tem-se como objetivo analisar as propostas de educação do MEB Tefé direcionadas para a população ribeirinha no Estado do Amazonas, sob a gestão de Dom Joaquim de Lange no período de 1963 a 1982. No intento de compreender a atuação deste Movimento, no recorte temporal estabelecido, elegeu-se a seguinte questão de pesquisa: Quais eram as propostas de educação do MEB Tefé no período em questão? A hipótese que orienta este estudo é que o MEB Tefé, para sobreviver ao regime militar, precisou redimensionar suas ações. Assim, a Tese desta pesquisa é que o MEB por meio de diferentes estratégias e propostas contribuiu para a transformação social, cultural e educacional dos povos ribeirinhos do Estado. Para a compreensão da historicidade dessa iniciativa, utiliza-se como fontes documentais os relatórios mensais, semestrais e anuais, as propostas pedagógicas, os livros de matrículas, os termos de convênios, os scripts dos programas radiofônicos, as entrevistas com os presidentes, coordenador e supervisor do MEB Tefé, bem como as matérias jornalísticas que tratavam de questões a respeito do Movimento, acessadas por meio do portal da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Para estabelecer diálogo com estas fontes, a pesquisa se apropria das obras de Barros (2014), Souza (2013), Kadt (2007), Fávero (2006), Paiva (2009), Peixoto Filho (2010), Raposo (1985), Wanderley (1984), dentre outros, que tratam do Movimento de Educação de Base. No que se refere ao embasamento metodológico, aproxima-se das ideias e conceitos de Barros (2019), Burke (2017), Certeau (2014, 2017), Kossoy (2014), Prost (2008), Barbosa (2007), Espada Lima (2006), Levi (2000), Ginzburg (1989a, 1989b, 2006) e Le Goff (1996) que ajudaram a pensar o papel do historiador, as maneiras de se fazer a história e o tratamento com as fontes documentais. |