Associação entre a aptidão física e as respostas cardiovasculares ao metaborreflexo muscular em pacientes com doença arterial coronariana
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22830 |
Resumo: | O metaborreflexo muscular regula a função cardiovascular durante o exercício físico. O incremento da pressão arterial mediado pelo metaborreflexo muscular em pacientes com doença coronariana (DAC) parece depender mais do aumento na vasoconstrição simpático-mediada (aumento da resistência vascular periférica [RVP]) em detrimento do mecanismo fluxo-mediado (aumento do volume sistólico [VS] e débito cardíaco [DC]). A RVP sustentada pode resultar em fadiga precoce durante esforço nesses pacientes. Contudo, os mediadores dessa resposta ainda não foram elucidados. Objetivo: Investigar a associação entre aptidão física cardiorrespiratória e muscular com as respostas cardiovasculares à ativação do metaborreflexo muscular em pacientes com DAC. Métodos: Pacientes com DAC (n = 20, 61,7±8,0 anos, 28,4±3,9 kg/m2) realizaram um teste ergométrico e de força de preensão manual (FPM) máxima. As variáveis hemodinâmicas foram avaliadas por fotopletismografia (Finometer) durante a ativação do metaborreflexo muscular por meio de protocolo de restrição circulatória pós-exercício (PECA). PECA consistiu em 5 min de repouso; 90 s de exercício isométrico de FPM a 40% de seu valor máximo; 3 min de isquemia do braço exercitado (200 mmHg); e 3 min de recuperação. As respostas ao metaborreflexo muscular foram calculadas pela diferença dos valores entre o período de isquemia e repouso (Δ) para a pressão arterial média (PAM), VS e RVP. A associação entre as variáveis foi calculada pelo teste de correlação de Pearson e regressão linear múltipla. Resultados: O VO2máx obtido pelos pacientes foi 31,96 ± 5,70 mL/kg/min e a FPM máxima 90,5 ± 21,1 lbs. Observou-se aumento significativo durante a ativação do metaborreflexo muscular em relação ao repouso para a PAM (+14,74 ± 9,56 mmHg, P < 0,0001), e RVP (+0,13 ± 0,07 mmHg.seg/mL, P < 0,0001), mas não para o VS (+1,91 ± 5,54 mL P = 0,13). A FPM máxima associou-se diretamente com o ΔVS (R = 0,53 e P = 0,01), mas não ao ΔPAM (R = 0,20 e P = 0,31) e ΔRVP (R = -0,13 e P = 0,65). O modelo de regressão linear múltipla não-ajustado e ajustado para idade e sexo indicou o ΔVS como um preditor da FPM máxima (β = +1,95 e +1,37; P = 0,01 e 0,03; respectivamente). Não foram observadas associações entre o VO2máx e o ΔVS (R = 0,29 e P = 0,22), ΔPAM (R = 0,14 e P = 0,54) e ΔRVP (R = 0,05 e P = 0,83) em resposta à ativação do metaborreflexo muscular. Conclusão: A contribuição do VS para a resposta ao metaborreflexo muscular parece ser um dos moderadores da aptidão física muscular em pacientes com DAC |