Filosofia e suas reinações na infância: por uma gaia ciência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Alessandra Oliveira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17902
Resumo: O presente estudo foi elaborado em colaboração com a rede pública de ensino do Município de Duque de Caxias com o propósito de pensar novas formas de habitar a infância por meio de um fazer filosófico que se pergunta em liberdade. Em Pedagogia da Solidariedade Paulo Freire nos diz que a liberdade inventou a autoridade para a liberdade continuar a existir porque sem autoridade a liberdade não pode existir (FREIRE; FREIRE; OLIVEIRA, 2009). Qual seria a relação entre a autoridade do amor e a infância? Em meu percurso formativo a relação com a autoridade foi sempre uma interrogação. Minha pesquisa entra nesse diálogo com uma autoridade amorosa quando me proponho a falar com a infância em três diferentes atos, tendo também como inspiração os fragmentos de Heráclito. A minha infância torna-se ser presente em um experimento no qual não posso eximir o caráter individual da minha própria subjetividade. A infância dos meus filhos, lidando com a autoridade como mãe em um contexto cultural, político, econômico e social que, por muitas vezes, me privou da liberdade de ser a mãe que gostaria de ter sido. E a infância vivenciada em Xerém que, como uma espécie de retrocesso, me reportou novamente à minha própria infância. Uma infância vivida na privação material, mas rica de liberdade de pensamento. Foi essa a liberdade que procurei propor aos meus alunos da escola de Xerém, foi nesse percurso de ida e vinda que as palavras de Paulo Freire e os fragmentos de Heráclito pensados com as crianças conquistaram significado para mim. O limite, a busca de um ponto no qual uma autoridade amorosa e infantil encontre uma referência que a justifique como tal passa por essa liberdade intelectual. A única autoridade imposta como limite é aquela conquistada por meio de um ser que busca a si mesmo no encontro e no respeito da liberdade de outros seres.