Produção de verdades nos discursos nas mídias sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ribeiro, Roure Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16750
Resumo: Nesse trabalho foram realizadas pesquisas para descrever e analisar os discursos nas mídias sociais e seus impactos nas interlocuções dos indivíduos, em especial na plataforma YouTube apresentando subsídios capazes de demonstrar as relações de poder imbricados na produção e disseminação de verdades através de seus materiais audiovisuais. Primeiramente, se ampara nas ideias de Michel Foucault sobre a ordem do discurso, analisando os procedimentos de aceitação e exclusão dos discursos com a finalidade de controlar aquilo que é produzido e proferido na sociedade. Em seguida, aborda entendimentos sobre a sociedade de controle dialogando com os impactos da reestruturação econômica, das novas tecnologias da comunicação, da virtualização e seus efeitos nos atos discursivos nas mídias sociais. Para tanto, tornou-se necessário realizar uma breve análise das abordagens de Michel Foucault acerca das sociedades disciplinares que foram relidas por Deleuze para apontar a manifestação de novas mecânicas de controle e vigilância inseridos nas plataformas digitais. Averigua o contexto comunicativo na rede envolvendo as relações de poder, influência e memória tendo como foco o direcionamento customizado de discursos no YouTube subsidiado por técnicas de extração de dados comportamentais e de encadeamento de materiais audiovisuais. Neste sentido, identifica mecanismos de modulação que atuam na categorização e organização dos vídeos, podendo conter ações de manipulação para produzir interlocuções e imagens espetaculares atrativas e sedutoras para serem consentidas como verdades. Por fim, conclui que mídias sociais como o YouTube acabam aderindo ao jogo de palavras do discurso, ou seja, não importando o contexto, as mecânicas do poder se adaptam e fazem presentes com a finalidade de estabelecer espaços de dominação por meio da produção de suas verdades. Tal mídia somente estabelece novas formas comunicativas com grande intensidade participativa, sendo vigiadas e controladas imperceptivelmente por mecanismos autônomos que promovem mudanças de percepção de acordo com os interesses das relações de poder.