Impacto do programa de orientação e mudança alimentar (POMAR) na qualidade de vida de pacientes diagnosticados com hipercolesterolemia familiar heterozigótica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gapanowicz, Débora Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18129
Resumo: Objetivo: Avaliar o efeito de um programa de orientação e mudança alimentar (POMAR) na qualidade de vida de pacientes diagnosticados com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (HFHe). Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado, prospectivo, com grupo controle em paralelo e duração de seis meses, com pacientes diagnosticados com HF no Rio de Janeiro. Os pacientes alocados no grupo intervenção (POMAR) recebem um tratamento intensivo, composto por 3 consultas individuais, 5 consultas em grupo mensais e recebimento de mensagens de texto semanais, via aplicativo de smartphone. Já o grupo controle (GC) recebeu o acompanhamento ambulatorial habitual. O POMAR foi desenvolvido baseado nos constructos da teoria social cognitiva e o modelo de crença em saúde. Foram aplicados os questionários de qualidade de vida relacionada à saúde (SF-36), percepção da doença (B- IPQ) e consumo alimentar (registro alimentar de três dias), realização de medidas antropométricas e análises laboratoriais ao início e após os 6 meses de acompanhamento. Resultados: Trinta pacientes diagnosticados com HFHe (POMAR= 15 e GI= 15), com média de idade de 48 anos e em sua maioria mulheres (80%). Após a intervenção, o G-POMAR apresentou uma melhora geral na QV, com um aumento significativo nos domínios como capacidade funcional (p=0,042), aspectos físicos (p=0,007), estado geral de saúde (p=0,001), vitalidade (p=0,002) e aspectos emocionais (p=0,039). Identificou-se ainda um aumento significativo no escore dos domínios controle individual (p=0,006) e controle do tratamento (p=0,004) de percepção da doença e redução do consumo de sódio (p=0,004), e gordura trans (p=0,006), promovendo uma melhora na composição corporal, com redução do IMC (p=0,033) e da área de gordura corporal (p<0,001). Conclusão: Esses resultados indicam a efetividade de uma intervenção intensiva no estilo de vida e melhora da qualidade de vida, percepção da doença, consumo alimentar e composição corporal. Esses achados trazem evidências sobre a viabilidade e benefícios desse tipo de abordagem multimodal e sugerem a sua aplicação não só em outras populações com HF ou em alto risco cardiovascular, como também na população em geral atendida nas unidades básicas de saúde.