Efeitos da suplementação de magnésio sobre os fatores de risco cardiovasculares em pacientes hipertensos não controlados
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19922 |
Resumo: | Estudos têm mostrado a importância do magnésio (Mg) nos fatores de risco cardiovascular (RCV), atuando tanto na prevenção quanto no tratamento nas doenças cardiovasculares, especialmente na hipertensão arterial. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da suplementação de Mg sobre os fatores de RCV em pacientes hipertensos não controlados. Estudo prospectivo duplo cego com pacientes hipertensos, de ambos os sexos, com idade entre 40 e 65 anos submetidos inicialmente à avaliação clínica e nutricional, medida oscilométrica da pressão arterial (PA), monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), avaliação bioquímica e urina de 24h, determinação da velocidade da onda de pulso (VOP, Complior Analysis), parâmetros hemodinâmicos centrais (SphygmoCor), retinografia e reatividade microvascular (Laser Speckle Contrast Image-Pericam). Foram randomizados para receberem suplementação de 500 mg de Mg quelado ou placebo por oito semanas. Ao final deste período, os exames foram repetidos. As análises estatísticas foram realizadas pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) ® versão 18.0. Os resultados foram apresentados em percentuais ou média ± desvio padrão. Foram analisados 50 pacientes, sendo 26 pacientes no grupo placebo e 24 pacientes no grupo Mg. O grupo Mg apresentou melhora significativa VOP (Mg 9,6±1,7 vs 8,6±2,2 m/s; placebo 9,7±1,6 vs 9,8±1,9 m/s, p=0,049); no delta de variação entre os grupos do colesterol total (col-T) (Mg -23,9±58,4; placebo 1,5±24,1, p=0,046); na relação neutrófilo/linfócito (Mg -0,77±0,86; placebo 0,49±0,90, p=0,027); na circunferência da cintura em mulheres (Mg -1,5±2,3; placebo 0,2±1,9, p=0,039) e na relação cintura quadril (Mg -0,01±0,02; placebo 0,01±0,02, p= 0,009), especialmente nas mulheres. O grupo Mg apresentou maior excreção de Mg na urina 24h tanto entre os grupos nos valores finais quanto no delta de variação (Mg 36,6±60,0; placebo -1,9±48,8, p=0,024). Níveis de Mg urinário correlacionaram com a taxa de filtração glomerular (r = 0,48; p = 0,026) e com a creatinina sérica (r = - 0,61; p = 0,003). Além de, correlacionar com a VOP CF-N (r = - 0,54; p = 0,006) e com a PA média 24h (r = - 0,55; p = 0,005). Níveis de Mg sérico correlacionaram com parâmetro de função endotelial avaliado pela variação da área sobre a curva (ASC) (r = 0,47; p = 0,018) e com a relação neutrófilo/linfócito (r = - 0,56; p = 0,004). Toda a correlação foi apenas no grupo Mg. Na análise de regressão linear, o Mg urinário mostrou associação independente e significativa com a VOP (β=-15,93; p=0,002) e com a PA média 24h (β=-1,43; p=0,005) após ajuste para idade e índice de massa corporal. Em conclusão, os resultados do presente estudo sugerem que em hipertensos não controlados, a suplementação de 500 mg/dia de Mg quelado melhora parâmetros de rigidez arterial, de inflamação, de obesidade abdominal e col-T, fatores importantes de RCV. |