Violência contra a criança e práticas alimentares no décimo terceiro mês de vida
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17823 |
Resumo: | Esta dissertação tem como objetivo central investigar a associação da violência contra a criança (VCC) com as práticas alimentares no décimo terceiro mês de vida. Os dados analisados são originários de uma coorte prospectiva, que acompanhou o crescimento durante o primeiro ano de vida de recém-nascidos acolhidos em quatro unidades de saúde do Rio de Janeiro entre 2005 e 2009. O presente estudo faz uma análise seccional de 348 crianças que participaram da entrevista do décimo terceiro mês de vida (média de idade = 13,01 ± 1,30 meses). As práticas alimentares das crianças foram investigadas a partir de Recordatório de 24 horas e o desfecho principal (oferta de diversidade dietética mínima e leite materno) definido com base em um indicador proposto pela Organização Mundial da Saúde (2008). Já a VCC foi investigada por meio da versão em português do instrumentoParent-ChildConflictTacticsScales. Outras variáveis, indicadas pela literatura, relacionadas à mãe, à criança e ao ambiente em que vivem, também foram incluídas nas análises como variáveis de ajuste. Por meio de regressões logísticas binária e multinomial, as associações entre a VCC e as práticas alimentares das crianças foram estimadas com base nas razões de chances (RC) brutas e ajustadas e seus respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%). Utilizou-se um ponto de corte de p-valor ≤0,05 como indicativo de significância estatística. Os resultados deste estudo mostram que a VCC (punição corporal e maus tratos físicos globais simultaneamente) aumentou em aproximadamente 2,5 vezes as chances de não ofertar leite materno (RC=2,47; IC95%=1,31–4,65; p=0,005) e em aproximadamente quatro vezes as chances de não ofertar diversidade dietética mínima e leite materno (RC=3,90; IC95%=1,04–14,61; p=0,043) no décimo terceiro mês de vida. Esses resultados indicam que a VCC se relaciona com as práticas alimentares nos primeiros anos de vida e ressaltam a importância do acompanhamento das práticas alimentares infantis e a necessidade de investimentos e práticas em identificação, acolhimento e aconselhamento em diversos aspectos da saúde das famílias, entre elas a violência. |