Experiência de cárie dentária de mãe-filho: associação com fatores de risco para a doença
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14155 |
Resumo: | Os objetivos deste estudo foram: avaliar a prevalência de cárie dentária dos pares mãe-filho, verificar a presença ou não de correlação entre a experiência de cárie de mãe-filho e estudar possíveis associações entre a experiência de cárie do filho e variáveis sócio-demográficas e comportamentais. A metodologia utilizada seguiu um modelo de estudo transversal onde foi realizado um censo das crianças de 5 a 12 anos de idade matriculadas na Clínica Odontológica de Ensino da Faculdade de Odontologia da UERJ, no período de Jan/2000 a Dez/2005. Das 425 crianças matriculadas, 73 pares de mãe-filho respondentes participaram do estudo. Os pares foram examinados utilizando-se os índices de ataque de cárie ceo e CPO para as dentições decídua e permanente, respectivamente, seguindo os critérios propostos pela Organização Mundial da Saúde (1997). Os exames foram realizados por uma única examinadora, previamente calibrada (Kappa= 0,87), em consultório odontológico sob luz artificial e com o auxílio de espelho e sonda. As mães foram entrevistadas através da aplicação de um questionário testado (Kappa= 0,91) para a coleta dos dados sócio-demográficos e de comportamento. Todas as mães assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido autorizando a sua participação e a de seu filho. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE-1516). Os dados foram armazenados em um banco de dados SPSS versão 8.0 para Windows. Os resultados mostraram que a média de idade das crianças foi de 8,26 anos (DP= 2,0) e das mães 34,47 anos (DP= 6,45). 60,3% das mães tinham mais de oito anos de estudo e 47,9% delas trabalhavam. As famílias apresentavam baixa renda, cerca de 85% ganhavam até três salários mínimos nacionais. A prevalência de cárie na amostra foi alta. 100,0% das mães e 75,3% das crianças apresentavam pelo menos um dente atacado por cárie. Houve diferença estatisticamente significativa entre as médias do índice ceo-d em relação à idade (p< 0,01). Correlação positiva foi encontrada entre o número de dentes perdidos da mãe e o número de dentes decíduos cariados, perdidos e obturados do filho (p< 0,05), nas crianças abaixo de oito anos de idade. Dentre as variáveis independentes relacionadas com a presença ou ausência de cárie dentária nos filhos, a idade da criança, o motivo da primeira consulta do filho e a aglomeração domiciliar mostraram-se estatisticamente significativas. O mesmo foi encontrado com relação ao uso diário de fio dental pelas mães e pelos filhos, escovação antes de dormir e consumo de doces entre as refeições pelas crianças. Os resultados permitem concluir que o padrão de cárie dentária da mãe foi reproduzido no filho e que alguns fatores relacionados às condições de vida e aos hábitos familiares mostraram-se associados à experiência de cárie dos filhos. |