Aplicativos para o ensino de inglês como língua estrangeira: uma análise sobre o lugar da leitura na prática docente e sua possível naturalização
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16837 |
Resumo: | Nesta pesquisa, realizamos um estudo acadêmico-científico sobre o uso de aplicativos de dispositivos móveis para o ensino de inglês como língua estrangeira (I/LE). Seu recorte está na reflexão sobre o lugar da leitura na prática docente quando do uso dessa tecnologia enquanto ferramenta didático-pedagógica. Além disso, refletimos sobre como as concepções de leitura docente interferem nesse processo de ensino. Isso porque o êxito em tal ensino passa, inevitavelmente, pela palavra escrita, logo, pela leitura. Portanto, há três perguntas que nos direcionam neste trabalho: 1) Qual o lugar da leitura no ensino de I/LE mediado por aplicativos em um contexto específico do Ensino Médio?; 2) É possível verificar se há a promoção da naturalização da habilidade de leitura no ensino de I/LE mediado por aplicativos no contexto pesquisado?; e 3) Como a concepção de leitura do professor se relaciona com esse lugar que a leitura ocupa, uma vez que nesses aplicativos o foco não é necessariamente a leitura, mas dela depende? Para responder tais questões, propomos um estudo de caso, de abordagem qualitativa-interpretativista baseada em Triviños (1987) e Bortoni-Ricardo (2008). Outras razões para a escolha desse tipo de pesquisa são a novidade, as especificidades e o aprofundamento que desejamos dar à matéria. Como base teórico-metodológica, temos os estudos do sociointeracionismo (VIGOTSKY,1994); da sociocognição, baseados, por exemplo, em Koch e Elias (2008; 2013); além das reflexões sobre os modelos de leitura, com alinhamento à perspectiva sociointeracional (LEFFA, 1996). Com relação a letramento, seguimos o paradigma dos multiletramentos baseado em Cope e Kalantzis (2000; 2009) e em Rojo (2007; 2009; 2013). Devido a este estudo contar com a participação humana, o projeto de pesquisa passou por submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa (COEP), por meio da Plataforma Brasil. Quanto aos resultados, as análises demonstraram uma destacada relação entre leitura, gramática e léxico, o que reforça a visão de leitura da docente participante enquanto leitura unilateral. Isto é, as análises nos indicam que a visão de leitura da participante é aquela que considera a gramática e o vocabulário da língua como formas de acesso à leitura dessa língua. Assim, a participante deixa entrever sua visão de leitura e de língua, respectivamente mais consoante ao modelo ascendente, de concepção unilateral e a língua enquanto código. A docente aponta para uma preocupação em trabalhar a leitura, mas o faz por meio de tarefas de cunho estrutural e lexical, indicando para o entendimento de que a compreensão leitora é a compreensão da palavra e da estrutura sistêmica. Ao usar aplicativos, a leitura resume-se ao trabalho sistêmico/gramatical e lexicam não havendo destaque para a leitura necessária para a própria atuação discente nos aplicativos, como leitura da interface, das funcionalidades multimodais etc. Esses indicativos nos sugerem uma perspectiva naturalizada de leitura no uso dos aplicativos, uma vez que neste ambiente a leitura é tomada por sabida, sendo trabalhada apenas com o livro didático ou em exercícios do livro didático transpostos para os aplicativos |