Promoção da saúde de idosas com osteoporose: uma abordagem a partir do modelo de promoção da saúde de Nola Pender
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18695 |
Resumo: | Essa dissertação de mestrado tem como objetivo geral analisar os comportamentos promotores de saúde adotados por idosas com osteoporose. Sendo um estudo qualitativo, a análise de conteúdo com categorias pré-estabelecidas foi utilizada como método de avaliação das informações colhidas a partir do roteiro baseado no Modelo de Promoção da Saúde (MPS) de Nola Pender. Foram realizadas 25 entrevistas entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020 no ambulatório de reumatologia da Policlínica Piquet Carneiro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Todas as participantes do estudo eram mulheres, sendo a idade média das mesmas de 74,04 anos, e o tempo médio de conhecimento do diagnóstico de osteoporose de 17 anos. Verificou-se que 40% das idosas encontravam-se viúvas, 48% residiam sozinhas e 72 % estavam aposentadas. Em relação a escolaridade observou-se que a maioria apresentava o 1º grau completo (28%). Quanto a renda familiar, a maioria (60%) apresentava de 1 a 2 salários-mínimos. Predominaram como resultados o medo de cair (64%), a ocorrência de ao menos uma queda nos últimos 2 anos (60%), o uso de medicamentos com grau de risco II para quedas (68%), baixo consumo da quantidade mínima de cálcio diária preconizada (92%). Também foi encontrado que, 72 % das idosas apresenta cerca de 3 ou mais condições clínicas secundárias. Uma porcentagem significativa das idosas encontravam com sobrepeso (40%), sendo o valor médio do IMC entre as idosas de 26,51. Com relação ao estado menopausal, a idade média de ocorrência da menopausa foi 45,12 anos. Através da análise dos discursos oriundos das entrevistas, notou-se também um déficit de conhecimento sobre os cuidados relativos à doença, embora reconhecessem a necessidade de melhorar hábitos como realizar: atividade física regular, exposição solar e aumentar consumo de alimentos ricos em cálcio. A discussão evidenciou as características individuais das participantes bem como os comportamentos específicos, cognições e afeto capazes de influenciar a adoção de comportamentos saudáveis. Foi destacada a relevância da enfermagem gerontológica e da Atenção Básica (AB) na promoção da saúde de idosas com osteoporose. Por configurar-se como porta de entrada prioritária que coordena e gerencia o cuidado da população, é importante que na AB sejam estabelecidas metas individuais para melhora dos comportamentos de saúde e com isso prevenção das fraturas. A pesquisa demonstrou a carência da compreensão pelas idosas sobre osteoporose e sua principal consequência, a fratura, possibilitando verificar também a multiplicidade dos fatores que afetam a saúde das pessoas idosas e que por vezes, limitam o acesso a recursos importantes para o autocuidado. Foi possível compreender que ações de promoção da saúde, as idosas com osteoporose vêm adotando e precisam melhorar em seu cotidiano, sendo as principais: a busca por informações relevantes sobre osteoporose; a espiritualidade; a atividade física, a exposição solar e; o aumento do consumo diário de alimentos riscos em cálcio. Este conhecimento é importante para a atuação não apenas do enfermeiro, mas de toda equipe multidisciplinar envolvida no suporte às ações voltadas para a promoção da saúde dessas pessoas. |