O corpo como vontade de potência (em experiências) na Educação Infantil e nos primeiros anos do Ensino Fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Schaefer, Katia de Souza e Almeida Bizzo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10422
Resumo: O trabalho apresentado é sobre o olhar para o corpo como vontade de potência no ambiente escolar, nos segmentos da Educação Infantil e dos primeiros anos do Ensino Fundamental, a partir, principalmente, dos estudos de Nietzsche e das experiências da autora em mais de dez anos de atuação em escolas públicas e privadas do Rio de Janeiro, como professora de turma nestes segmentos e como pesquisadora acadêmica nos anos da elaboração desta tese. As contribuições de Spinoza a partir da questão o que pode o corpo? também trouxeram reflexões relevantes para pensar esse objeto de pesquisa e, junto, principalmente de Nietzsche, permearam a escrita no decorrer do relato das experiências. Os campos da Psicomotricidade, da Filosofia e da Pedagogia foram entrelaçados na busca de entender a relação dos corpos e sua potência nas escolas a partir de narrativas de experiências rememoradas no calor das reflexões filosóficas. Dessa forma, o trabalho presente buscou refletir a partir do vivido, do experimentado, das lembranças positivas ou não. A escola fez-se presente como um espaço vivo, dinâmico, propício às experiências apresentadas. Um espaço de objetividade e, ao mesmo tempo, de subjetividade. Espaço coletivo, de tempo khrónos, mas também de um tempo aiónico, desmedido, tempo da experiência; um lugar de afirmar acontecimentos positivos, potentes, frutíferos, mas também acontecimentos castradores da potência humana; lugar de skholé - de suspensão, profanação, atenção e amor ao mundo, mesmo que, simultaneamente e paradoxalmente, suspenda o tempo livre, proíba a profanação e castre o amor ao mundo e a atenção à vida e aos corpos. Assim, foram traçadas rotas, que também foram desviadas em alguns momentos para encontrar novos percursos e, a partir de tantas rememorações e reflexões, fica o convite para buscar transvalorar o olhar para os corpos nas escolas nas relações que acontecem na Educação Infantil e nos primeiros anos do Ensino Fundamental, para então perceber o corpo como fio condutor, como vontade de potência, como criação de vida, na vida e com a vida, percebendo que são estes corpos que constituem, com toda sua intensidade, as instituições escolares e as experiências que lá ocorrem, seja no passado, no presente, no futuro ou em um tempo desmedido