Socialismo Moreno cai no samba: a construção da Passarela Professor Darcy Ribeiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Farias, Gustavo de Queiroz Mesquita
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19830
Resumo: Esta dissertação pretende investigar a construção, entre 1983 a 1984, da Passarela Professor Darcy Ribeiro, popularmente apelidada por Sambódromo, na Avenida Marquês de Sapucaí, Centro do Rio de Janeiro. A partir da pesquisa com notícias do Jornal do Brasil, entre o período de 1977 a 1984, busco compreender como o carnaval carioca foi alvo de disputas e negociações em torno de definir os rumos, sentidos e formas da festa. Para mais, busco compreender como um momento da vida social, cujo imaginário coletivo é marcado pela ideia de inversão ou subversão da ordem cotidiana, vem sendo alvo de amplas discussões em torno de seu ordenamento. Desde a demolição da antiga Praça Onze de Julho, em 1941, as escolas de samba ficaram sem um espaço fixo para seus desfiles. Por 42 anos a maior expressão artística da cidade transitou por diversas passarelas provisórias. Diante do crescimento dos desfiles das escolas de samba, que, ao longo das décadas de 1950 e 1960, atraíam cada vez mais foliões, o carnaval das escolas de samba passou a demandar um enorme esforço para organizar e conciliar os impactos da festa na cidade. Ao debruçar-me sobre os acontecimentos em torno da construção do Sambódromo e da organização dos desfiles de 1984, durante o governo de Leonel Brizola e do vice-governador Darcy Ribeiro, pretendo refletir sobre as tensões em torno da obra e da organização do carnaval e como elas foram, ao longo do processo, produzindo cidade, espaço público e festa.