Produção de subjetividade na experiência de leitura do romance Frankenstein de Mary Shelley
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras, Mestrado Profissional em Rede Nacional (PROFLETRAS) - FFP |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20236 |
Resumo: | Neste trabalho foi apresentada uma pesquisa cartográfica, desenvolvida no contexto do sistema público de ensino, na Escola Municipal Jardim Ipitangas, Saquarema, Rio de Janeiro, com os alunos da turma 601, durante o ano letivo de 2019. O observado desinteresse dos alunos pela Literatura e por seu ensino em sala de aula, resultaram em inquietações e reflexões que motivaram o desenvolvimento do projeto de intervenção “Produção de subjetividade na experiência de leitura do romance Frankenstein de Mary Shelley”. No projeto em questão, buscou-se estimular a prática da leitura literária como produção de subjetividade a partir da leitura do romance Frankenstein, de Mary Shelley. Esse processo possibilitou, também, entender o tipo de conhecimento proporcionado pela Literatura, que, se é não mensurável e não pragmático contribui para desenvolver nos alunos a capacidade de fabulação, afectação, humanização e despertar do senso crítico. Durante o processo, foram percorridas as seguintes etapas: I) identificar as causas do desinteresse do aluno pela Literatura; II) descrever e tentar reverter o processo de automatização que incide sobre a maioria dos alunos; III) promover uma atitude de experimentação frente ao texto literário e IV) estimular a leitura literária a partir da via dupla: subjetividade-texto, texto-subjetividade. A cartografia foi a metodologia utilizada para, percorrer, ao longo do ano letivo, os processos de promover nossa aproximação com os alunos; impulsionar a troca de experiências e o estabelecimento da confiança entre nós; o desenrolar do projeto de leitura literária; sua reverberação e culminância. Assim foi criada a abertura e autonomia nos alunos para efetivarem e participarem das atividades propostas e se apropriarem do que aprendemos. No que tange ao referencial teórico, que fundamentou as reflexões e o desenvolvimento da proposta de intervenção, foram fundamentais as contribuições de Bondía (2002), Chklovski (1971), Deleuze (2004), Guattari (2007) e Rolnik (2002) dentre outros postas em diálogo para materializar a perspectiva da produção de subjetividade, o que levou os sujeitos investigados a problematizarem a realidade na qual viviam dentro e fora da escola. Os resultados produzidos e analisados apontaram que a pesquisa-intervenção favoreceu não só a promoção de leitores efetivos e atuantes, mas também o despertar de sua consciência acerca da importância da leitura literária, como possibilidade de transfiguração e reinvenção da realidade. |