A escrita acadêmica na formação em Ciências Biológicas: práticas e desafios
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23544 |
Resumo: | A escrita acadêmica vem sendo considerada um problema no contexto das universidades. As dificuldades que os estudantes possuem na redação de textos acadêmicos são apontadas tanto por professores como pelos próprios estudantes. Dentre os estudos que se dedicam à escrita no ensino superior, a grande maioria pertence ao campo das Letras, sendo pouco conhecidos os aspectos envolvidos nas Ciências Biológicas. Sendo assim, este trabalho busca investigar os hábitos de leitura e escrita e as dificuldades relacionadas à escrita dos estudantes universitários no contexto da formação docente em Ciências Biológicas. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se um questionário direcionado aos estudantes de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), bem como os projetos de pesquisa elaborados por eles no âmbito da disciplina Projeto em Biologia I da Faculdade de Formação de Professores da UERJ. Esta é uma pesquisa qualitativa, com enfoque descritivo-analítico, na qual foi utilizada a metodologia de análise de conteúdo de Bardin. Os resultados obtidos por meio do questionário revelaram que os universitários participantes da pesquisa leem mais do que escrevem, tanto no que se refere aos textos que circulam na academia quanto nas redes sociais. No entanto, a escrita e a leitura acadêmicas não são realizadas de forma frequente. As principais dificuldades apontadas pelos estudantes para desenvolver a escrita estão relacionadas à falta de domínio da linguagem científica e isto se relaciona com a pouca dedicação à escrita acadêmica, como apontado pelos próprios estudantes. A falta de prática com tais gêneros ao longo do curso, assim como a falta de orientações para elaboração do gênero textual demandado, foram os principais motivos relatados pelos estudantes para justificar suas dificuldades. Apesar da dificuldade declarada, a maioria afirma já ter redigido algum texto visando publicação. Quanto à relação dos estudantes com a escrita, estes indicaram aspectos que se relacionam com a dimensão afetiva, tanto positiva quanto negativamente. A análise dos projetos de pesquisa permitiu constatar que os estudantes apresentaram alguns desvios na adequação do gênero acadêmico supracitado, quanto à estrutura e à adequação do estilo à redação científica. No tocante à estrutura do gênero, as referências bibliográficas, a metodologia e os objetivos foram seções nas quais as dificuldades foram mais evidentes. A correção gramatical e ortográfica, e a clareza foram os elementos mais comprometidos no que diz respeito ao estilo. Os dados apontam para a importância de a escrita acadêmica receber papel de destaque, bem como a merecida atenção por parte de estudantes, professores e pesquisadores no âmbito das universidades. |