Vitiligo na infância: análise das características clínico-epidemiológicas de 701 casos
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8666 |
Resumo: | Vitiligo é desordem adquirida da pigmentação que afeta aproximadamente 0,5% a 2,0% da população mundial; e 25% dos casos se iniciam antes dos 10 anos de idade. Embora prevalente, existem poucos estudos brasileiros e mundiais sobre a caracterização do vitiligo na infância. Objetiva-se avaliar as características clínico-epidemiológicas e laboratoriais do vitiligo na infância. Trata-se de estudo observacional, retrospectivo e analítico, realizado através da obtenção de dados de prontuários de pacientes atendidos entre abril de 2006 a abril de 2015. Selecionou-se amostra com idade inferior ou igual a 18 anos, cujo diagnóstico de vitiligo foi realizado até os 13 anos de idade por dermatologistas no ambulatório de vitiligo do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Variáveis como sexo, tipo e subtipo clínico de vitiligo, idade de início, local de início da doença, estresse emocional, presença de autoanticorpos, fenômeno de Koebner, história familial e pessoal de doenças autoimunes, presença de nevo halo e estabilidade das lesões, foram avaliadas. Foi realizada análise descritiva dos dados observados, expressos pela frequência, média e desvio padrão na amostra total, por tipo e subtipos de vitiligo na infância. Efetuou-se ainda a comparação das variáveis clínicas e epidemiológicas entre os tipos e subtipos clínicos de vitiligo que compunham a amostra, bem como comparação com os dados da literatura mundial. Encontrou-se predomínio do sexo feminino (62,0%) e do subtipo generalizado (53,8%). A média de idade do início da doença foi 5,9 anos. O local de início mais acometido foi cabeça/pescoço (44,2%), o fenômeno de Koebner esteve presente em 38,2%, estresse emocional em 67,0%, nevo halo em 17,4% e doença autoimune associada em 6,7% dos pacientes. História familial de vitiligo foi observada em 16,9% e estabilidade das lesões foi reportada em 20,1% dos pacientes. A presença de história familial positiva não influenciou significativamente a idade de início nem a estabilidade da doença. Encontramos diferença significativa entre vitiligo segmentar e não segmentar com relação à idade de início do vitiligo, frequência de fenômeno de Koebner, de hipotireoidismo, de anticorpos anti-TPO, de história familial de psoríase e de nevo halo. Não houve diferença significativa com relação a estabilidade das lesões e a presença de estresse emocional entre os 2 grupos. Os resultados obtidos são, em parte, semelhantes aos dados da literatura mundial. Contudo, há particularidades regionais que podem, teoricamente, ser explicadas por bases étnicas/genéticas diferentes. O presente estudo, por congregar grande amostra de pacientes, ajuda na melhor elucidação das características do vitiligo iniciado na infância na população brasileira. |