Diversidade para ensinar e aprender: leitura literária e representatividade para o empoderamento negro
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras, Mestrado Profissional em Rede Nacional (PROFLETRAS) - FFP |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18963 |
Resumo: | Este trabalho apresenta resultados de intervenção realizada em uma turma de 8º ano do ensino fundamental, com o objetivo de abordar questões étnico-raciais, com base na Lei 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas escolas, a fim de relacionar temas da diversidade étnica ao ensino de literatura, com base em COSSON (2016); KLEIMAN (2002) e SOLÉ (2006), na busca da representatividade negra para o fortalecimento de sua identidade. Nesse sentido, traz um olhar sobre a contribuição da leitura crítica de autores africanos e afro-brasileiros para o empoderamento de alunos, que não se viam representados nos materiais curriculares utilizados na escola. Essa concepção da leitura como prática social, na qual o leitor constrói os sentidos do texto a partir do contexto histórico-social em que se encontra inserido interage com os ensinamentos de BAKHTIN ( 2006); CANDIDO (1995;2006; 2012) e FREIRE (1978; 1981; 1985; 1997), segundo os quais a leitura oferece subsídios para compreender melhor a si mesmo e o mundo, ampliando assim, a capacidade de atuação do leitor sobre ele. Os estudos étnico-raciais que embasam esta pesquisa estão ancorados em CAVALLEIRO (2001; 2006); FONSECA (2011); GOMES (2005;2011) MUNANGA (2003;2005;2011); NASCIMENTO (2001) e SILVA (2011). Considerando que as políticas afirmativas aliadas a políticas universais e sociais, e a ações de valorização da cultura negra são fundamentais para a construção de uma sociedade igualitária e inclusiva, portanto, mais justa, buscou-se oferecer aos alunos materiais e estratégias de leitura que possibilitem esse debate, a partir de uma reflexão crítica sobre o tema. A relação entre identidade e formação de leitores aqui estabelecida compreende a leitura sob a perspectiva freireana, segundo a qual ler é estabelecer uma relação dinâmica entre linguagem e realidade. Ancorada na metodologia da pesquisa-ação THIOLLENT (1982); TRIPP (2005) e FRANCO (2005), a análise das anotações no diário de campo e de transcrições de textos orais ou escritos produzidos nas aulas permitiu desenvolver uma autorreflexão sobre a prática, aperfeiçoando-a num refazimento constante, à medida que diversos significados foram sendo construídos colaborativamente entre professora e alunos, modificando, assim, os envolvidos nessa ação contínua e dialógica de conhecimento de si mesmos e do mundo através da leitura. |