O Ceará Moderno: faces e contrafaces da modernização conservadora da era imperialista neoliberal (1987-2018)
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19089 |
Resumo: | A presente tese tem como objetivo analisar as particularidades da modernização conservadora no Ceará, no contexto do capitalismo imperialista neoliberal, contemplando o período que se estende do início da primeira gestão de Tasso Jereissati em 1987 – quando ocorre a inserção do Ceará de forma pioneira no ciclo neoliberal do desenvolvimento capitalista –, observando o projeto transpartidário do capital na região, ao menos até 2018, com o governador Camilo Santana. A investigação se fundamentou na teoria marxista, apreciando categorias fundamentais e dinâmicas históricas chaves da formação social brasileira e do Ceará. Paralelamente a pesquisa analisou documentos elaborados por órgãos do Governo Federal e do Governo do Estado do Ceará; e indicadores macroeconômicos e sociais. O projeto de modernização da burguesia industrial do CIC, cujos rumos foram mantidos pelos governos seguintes, estruturou-se sobre práticas neoliberais expressas na modernização da máquina administrativa e numa política econômica que, voltada para a inserção do Ceará no mercado mundial, baseou-se na consolidação de obras de infraestrutura e na atração de investimentos – via ofensiva campanha publicitária e desenvolvimento de uma agressiva política de incentivos. Tratou-se de um aprofundamento da modernização conservadora iniciada com os coronéis na segunda metade do século XX, pois, dentre outros aspectos, permaneceu dependente da intervenção do Estado via incentivos fiscais, manteve a forte concentração fundiária e de capital. O Ceará teve reforçado o seu papel como economia agroexportadora dentro da divisão internacional do trabalho – destacando-se a exportação de matérias-primas e de bens de consumo não duráveis como os alimentos e calçados, produzidos mediante superexploração da força de trabalho cearense, expressa, dentre outros aspectos, nos salários abaixo da média nacional e da região Nordeste – bem como manteve seu papel de repositor do exército geral de reserva na divisão regional do trabalho. Constatou-se que essa forma específica de participação do Ceará no processo de valorização do valor produziu um acentuado crescimento econômico e, também, como sua contraface, um forte impacto sobre a questão social no estado, reproduzindo históricas expressões – como a migração da população rural, baixa renda do trabalho, a concentração de renda, informalidade e desemprego acentuados, número elevado de trabalhadores em situação de pobreza e extrema pobreza, precárias condições de moradia, baixo nível de instrução – e produzindo novas manifestações – como o endividamento das famílias e a elevação da violência – sentidas de forma desigual por suas mesorregiões. |