O contemporâneo e suas neuroses: uma abordagem psicanalítica sobre o diagnóstico diferencial na clínica das toxicomanias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lipiani, Adriana Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14692
Resumo: Esta Dissertação propõe apresentar uma fundamentação teórica, a partir de Freud e Lacan, a respeito da aplicação do diagnóstico diferencial na clínica das toxicomanias, de modo a refutar a equiparação do uso de drogas e a psicose, por meio da localização da operatividade do Nome-do-Pai em alguns casos clínicos, mesmo que em caráter débil e defasado. O caso Hans, um caso de neurose infantil postulado por Freud, foi tomado como base e trabalhado no decorrer de toda dissertação como forma de introduzir o estudo sobre a angústia e circunscrever as saídas que a estrutura da neurose pode encontrar para lidar com o excesso pulsional que incide sobre o corpo. Se o sintoma de Hans surgiu para responder sobre o enigma do gozo do corpo e para representar a verdade do casal familiar, o sintoma contemporâneo, como o uso de drogas na neurose, se designa a uma tentativa em tratar o real pela via de um objeto produzido pela ciência, bem como se apresenta como o resultado da criança, em sua constituição subjetiva, em estar situado no lugar de objeto a da fantasia da mãe. Do mesmo modo, o estudo da teoria do Édipo nos permitiu localizar a função paterna no caso do uso de drogas, representada por uma fragilização e baixa operatividade do Nome-do-Pai, em decorrência da incidência sobre o sujeito, da emergência do pai real e o declínio do pai simbólico. Neste sentido, constatamos que a emergência do pai real e o declínio do pai simbólico propiciam: a manutenção do sujeito no primeiro tempo do Édipo, o declínio do sujeito dividido e uma falha na consolidação da fantasia; fatos que acarretam ao sujeito se relacionar com o objeto não pela via da causa de desejo, e sim pela vertente do mais-de-gozar particular