Ação do Cuminaldeído em modelo experimental de osteoartrite em ratos
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22739 |
Resumo: | Osteoartrite (OA) é uma doença crônica degenerativa de grande impacto mundial, caracterizada pela falência articular generalizada, sendo associada com o aumento da idade. Portanto, encontrar novas formas de tratamento dessa doença é de fundamental importância. O cuminaldeído é um componente biologicamente ativo dos óleos essenciais de Cuminum cyminum, Carum alcaravia, Cinnamomum cassia e Cinnamomum verum, sendo que estudos farmacológicos apontam a utilização dessa substância em modelo experimental de diabetes, câncer, inibição da lipoxigenase e inflamação. A partir desses estudos hipotetizamos que o cuminaldeído possui potencial analgésico e anti-inflamatório. O estudo objetivou avaliar os efeitos do cuminaldeído em modelo experimental de osteoartrite em joelhos de ratos com monoiodoacetato de sódio (MIA). Foram utilizados 24 ratos Wistar que tiveram OA induzida e tratados via oral com cuminaldeído (5 mg/kg), soro fisiológico (0,1mL/kg), indometacina via (2,5 mg/kg) e grupo SHAM (sem indução de OA e sem intervenção). O cuminaldeído mostrou-se eficiente ao reduzir a dor dos animais com OA nos testes de deambulação forçada, alodínea táctil, incapacidade funcional da distribuição de peso nas patas e na dor espontânea avaliada através das mudanças nas expressões faciais dos ratos pelo Mouse Grimace Scale - MSG sendo superior à indometacina em todos os testes avaliados. A análise radiográfica e os dados histológicos não demonstraram alterações significativas entre o grupo controle e os grupos que receberam tratamento. O cuminaldeído também modulou a produção de citocinas pró-inflamatórias O ensaio in vitro de inibição da ciclo-oxigenase evidenciou uma relativa preferência por inibição à enzima COX-2. O estudo de docagem molecular indicou que o cuminaldeído possui parâmetros de afinidade energética satisfatórios com receptores opióides, embora inferiores a fármacos tradicionalmente utilizados para esse fim. Os dados de predição de atividade sugerem que esta molécula possui atividade anestésica em nível central e é substrato de enzimas do complexo CYP, assim como outros anestésicos conhecidos. O tratamento da 0A com cuminaldeído na dosagem (50 mg/kg) não alterou os parâmetros hematológicos. O cuminaldeído modula a resposta imune do processo inflamatório e pode ser considerado um composto promissor para o desenvolvimento de novos medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. |