Ação do Cuminaldeído em modelo experimental de osteoartrite em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Morais, Sebastião Vieira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22739
Resumo: Osteoartrite (OA) é uma doença crônica degenerativa de grande impacto mundial, caracterizada pela falência articular generalizada, sendo associada com o aumento da idade. Portanto, encontrar novas formas de tratamento dessa doença é de fundamental importância. O cuminaldeído é um componente biologicamente ativo dos óleos essenciais de Cuminum cyminum, Carum alcaravia, Cinnamomum cassia e Cinnamomum verum, sendo que estudos farmacológicos apontam a utilização dessa substância em modelo experimental de diabetes, câncer, inibição da lipoxigenase e inflamação. A partir desses estudos hipotetizamos que o cuminaldeído possui potencial analgésico e anti-inflamatório. O estudo objetivou avaliar os efeitos do cuminaldeído em modelo experimental de osteoartrite em joelhos de ratos com monoiodoacetato de sódio (MIA). Foram utilizados 24 ratos Wistar que tiveram OA induzida e tratados via oral com cuminaldeído (5 mg/kg), soro fisiológico (0,1mL/kg), indometacina via (2,5 mg/kg) e grupo SHAM (sem indução de OA e sem intervenção). O cuminaldeído mostrou-se eficiente ao reduzir a dor dos animais com OA nos testes de deambulação forçada, alodínea táctil, incapacidade funcional da distribuição de peso nas patas e na dor espontânea avaliada através das mudanças nas expressões faciais dos ratos pelo Mouse Grimace Scale - MSG sendo superior à indometacina em todos os testes avaliados. A análise radiográfica e os dados histológicos não demonstraram alterações significativas entre o grupo controle e os grupos que receberam tratamento. O cuminaldeído também modulou a produção de citocinas pró-inflamatórias O ensaio in vitro de inibição da ciclo-oxigenase evidenciou uma relativa preferência por inibição à enzima COX-2. O estudo de docagem molecular indicou que o cuminaldeído possui parâmetros de afinidade energética satisfatórios com receptores opióides, embora inferiores a fármacos tradicionalmente utilizados para esse fim. Os dados de predição de atividade sugerem que esta molécula possui atividade anestésica em nível central e é substrato de enzimas do complexo CYP, assim como outros anestésicos conhecidos. O tratamento da 0A com cuminaldeído na dosagem (50 mg/kg) não alterou os parâmetros hematológicos. O cuminaldeído modula a resposta imune do processo inflamatório e pode ser considerado um composto promissor para o desenvolvimento de novos medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos.