O conflito fáustico: os paradoxos do weberianismo lockiano
Ano de defesa: | 2013 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17501 |
Resumo: | Este trabalho busca analisar as consequências da aplicação da governamentalidade neoliberal, com a "democratização do capital". Clássicos como Tocqueville, Marx, Simmel, Weber e Foucault investigaram, em suas obras, as dinâmicas paradoxais da modernidade e do liberalismo clássico. Fraqueza individual, alienação e reificação, perda do sentido da vida, racionalidade irracional do capitalismo e o aumento do poder disciplinar do Estado, são pontos que se destacam. Os teóricos do neoliberalismo, na idealização da governamentalidade neoliberal, procuram renovar o liberalismo de forma a escapar desses paradoxos. Os trabalhadores não devem ser vistos como mercadorias, mas como capitais humanos. A relação capital/trabalho é transformada em relação capital/capital, na qual os trabalhadores devem ser sujeitos ativos economicamente. Nesse sentido, procederemos com uma caracterização conceitual dessa nova governamentalidade, que chamamos de weberianismo lockiano, e examinaremos algumas transformações sociais, econômicas e políticas derivadas desse movimento e alguns de seus paradoxos. As mudanças no sentido do trabalho, o surgimento de mecanismos como microcrédito, o acesso à educação via crédito e a Economia do Compartilhamento, constituem um cenário de disseminação de responsabilidades objetivas e subjetivas antes restritas aos grandes capitalistas, o que denominaremos de deslocamento do conflito fáustico. Faremos uma análise da dinâmica de trabalho de motoristas de Uber do Rio de Janeiro com base em entrevistas como método qualitativo. Além disso, algumas consequências teóricas dessa expansão econômica para o Estado, a democracia e a política em si ‒ que se manifesta em obras de teoria política que pregam o fim da democracia e a superação dos engajamentos políticos, com o aumento da distância entre liberdade política e liberdade econômica ‒ serão avaliadas. |