Avaliação in vitro da atividade antimicrobiana, da citotoxicidade e da união aos dentes artificiais de resinas acrílicas autopolimerizáveis modificadas pela incorporação de clorexidina.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14217 |
Resumo: | A incorporação de diacetato de clorexidina (CHX) a resina acrílica é capaz de criar um dispositivo antimicrobiano de liberação prolongada, com importância para a cicatrização após cirurgias em pacientes com dentaduras. O objetivo deste estudo foi analisar a atividade antimicrobiana de amostras de duas resinas diferentes, contendo concentrações de CHX (0,5%, 1% e 2%) e controle, após períodos de exaustão de 3,15, 30 e 60 dias, as propriedades citotóxicas para as células L929 e a interferência de CHX na união da resina com os dentes artificiais. Para verificar a atividade antimicrobiana foi realizado o teste de exaustão com Streptococcus mutans e Staphylococcus aureus. Cento e noventa e duas espécimes de resina com 5 mm (diâmetro) X 2 mm (espessura) foram usados e separados em 4 grupos: Controle e com 0,5%, 1% e 2% de CHX. Os espécimes foram eluídos em 3, 15, 30 e 60 dias com 100 µl de água destilada trocada diariamente. O teste foi realizado em triplicata, utilizando placas de 96 poços. A atividade citotóxica contra células L929 foi realizada por eluição de cada amostra em 1 mL de meio DMEM completo (estreptomicina, penicilina, glutamina e soro fetal bovino), tal como recomendado pela ISO 10993-5-2009, depois de 10, 7, 3 e 1 dias. Os eluatos (50µl) foram adicionados às monocamadas de crescimento de fibroblastos L929 anteriormente cultivadas numa placa de cultura de 96 poços. O teste de união foi realizado como recomendado pela ISO 21.112-2005. Seis dentes artificiais foram fixados em blocos de cêra medindo 70 x 25 x 7 mm com uma canaleta de 5 mm de largura e 1,5 mm de profundidade, feitos de silicone. Muflas foram utilizadas para polimerização da resina VIPI. Os espécimes (100) foram divididos em 4 grupos: controle, clorexidina 0,5%, 1% e 2%. O teste de tração foi realizado no aparelho EMIC.A inibição de crescimento de S. mutans e S. aureus apresentaram diferença estatística significante com relação ao grupo controle (p <0,001). Houve diferença na citotoxicidade entre as resinas acrílicas. Apenas o grupo com 0,5% de CHX demonstrou um padrão adequado de citotoxicidade (inferior a 30% do efeito citotóxico). Os testes tiveram resultados satisfatórios na união dente-resina, sem diferença significativa quando CHX foi incorporada à resina acrílica. A resina VIPI foi mais citotóxica do que Duralay, provavelmente devido à concentração de peróxido de benzoíla e de espécies reativas do oxigênio de cada marca de resina. Os resultados permitiram concluir que, pelo menos por 60 dias, não houve crescimento bacteriano significativo nos grupos com CHX em ambas as espécies bacterianas avaliadas, apenas 0,5% CHX tinha uma citotoxicidade tolerável (menos de 30% aceita pela ISO) e que CHX não interferiu com a união entre dente e resina. |