Sequenciamento genético e pesquisa de α-talassemia das hemoglobinas variantes de comportamento físico-químico semelhante ao da hemoglobina S (S-like) em crianças do Programa Nacional de Triagem Neonatal do estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Esquenazi, Marcos Isaac
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18014
Resumo: O Brasil se caracteriza por possuir uma composição genética singular, resultado de um processo de miscigenação intenso ao longo da história. As alterações genéticas como resultado deste processo, podem acarretar doenças como as hemoglobinopatias. Algumas hemoglobinas variantes possuem comportamento físico-químico similares ao da Hb S e são denominadas de S-like. Essas moléculas podem levar ao falso diagnóstico de doença ou traço falciforme e normalmente são assintomáticas, porém quando em associação com outras hemoglobinopatias e talassemias podem apresentar alterações hematológicas importantes e quadros clínicos mais graves. O objetivo do estudo foi identificar, por sequenciamento genético, hemoglobinas S-like do PNTN-RJ e verificar a associação dessas variantes com a talassemia alfa. Foram selecionadas 17 amostras de sangue de recém-nascidos, no período de 22 de outubro de 2016 a 01 de fevereiro de 2017, que apresentaram na sua investigação para hemoglobinopatias, hemoglobinas variantes em S-Window, pela metodologia cromatografia líquida de alta performance (HPLC) - ULTRA 2™ com o kit Ultra Screening Genesys (Trinity Biotech, Jamestown, NY). Para verificar a presença da talassemia alfa foi realizada a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR). Também foram realizados os sequenciamentos das cadeias alfa (HBA) e beta globina (HBB) da hemoglobina. A técnica de HPLC -VARIANT® com o kit β-Thalassemia Short (Bio-Rad, Califórnia, EUA), foi realizada para reavaliar o perfil das hemoglobinas apresentando cromatogramas característicos de Hb Stanleyville II em 4 amostras, 5 de Hb D-Punjab, 5 de Hb Korle-Bu, 1 de Hb Constant Spring e 2 variantes indefinidas. No estudo molecular para talassemia alfa 8 amostras (47,05%), possuíam a deleção do tipo –α3.7/ αα. O sequenciamento do gene alfa realizado em 3 amostras revelou a presença de Hb Stanleyville II, todavia com a mutação presente no gene híbrido –α3.7, diferente da maioria dos casos descritos na literatura. No gene da beta globina foram encontrados polimorfismos que se repetiram nas três amostras, sendo um no primeiro éxon e dois no segundo íntron. Concluindo as Hb’s Stanleyville II, D-Punjab e Korle-Bu, embora não frequentes no estado do Rio de Janeiro, não são incomuns no estudo. A associação entre -α3.7 e as variantes S-like encontradas na pesquisa, é frequente. O estudo dos genes HBB e da HBA pela metodologia de sequenciamento é necessario para identificar novas mutações e confirmar diagnósticos de hemoglobinopatias mais complexos. A mutação da Hb Stanleyville II correspondente ao códon 78 na terceira base (AAC>AAA), no gene híbrido –α3.7, é incomum e parece ser o segundo caso descrito no Brasil.