Aspectos epidemiológicos da injúria renal aguda dialítica em pacientes pediátricos no Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico:Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20719 |
Resumo: | A Injúria Renal Aguda (IRA) é uma condição grave e potencialmente fatal, principalmente em pacientes nos extremos de vida e na sua forma de apresentação mais grave, que envolve a necessidade de Terapia Renal Substitutiva (TRS). Estudos epidemiológicos internacionais relatam mortalidade entre 11 e 63% em pacientes pediátricos submetidos a TRS. Entre as crianças que sobrevivem a um episódio de IRA, até 60% podem permanecer com alguma alteração residual na função renal. O objetivo do presente estudo foi descrever os aspectos epidemiológicos relacionados a IRA dialítica em pacientes de 0 a 18 anos no estado do Rio de Janeiro. Foi realizado um estudo observacional retrospectivo a partir de uma base de dados secundária que continha dados de 35.435 registros de atendimentos a pacientes de todas as faixas etárias submetidos a terapias extracorpóreas em 135 hospitais da cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana no período de janeir de 2002 a dezembro de 2014. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 693 pacientes para esse estudo. Foi observada maioria de pacientes do sexo masculino (59,5%) e faixa etária menor que 2 anos (63%), com idade média da amostra de 3 anos e 9 meses. A maioria dos pacientes foi atendida em hospitais da rede privada (76,5%). Sessenta e sete porcento dos indivíduos apresentavam pelo menos 1 comorbidade, sendo a presença de comorbidades ainda mais prevalente em neonatos (88%). A principal etiologia para IRA foi sepse (58,4%), sendo a causa mais frequente desde 2002. A letalidade encontrada foi de 65,2%, sendo menor em pacientes acima de 12 anos de idade (50%). Os fatores associados a letalidade foram a faixa etária e a etiologia. A maior idade se confirmou como fator protetor para a morte (HR: 1,88 para óbito em neonatos quando comparados a pacientes acima de 12 anos). As etiologias mais relacionadas ao óbito foram asfixia perinatal seguida de sepse (HR: 5,28 para asfixia e HR: 4,05 para sepse quando comparados com doenças renais primárias). Esse estudo confirmou a elevada letalidade associada a IRA dialítica em pacientes pediátricos e trouxe dados importantes sobre seus principais aspectos, podendo contribuir para o planejamento de medidas preventivas que visem melhorar os desfechos desta condição. |