A inibição da fosfodiesterase-5 (PDE5) melhora a regeneração óssea nos estágios precoces da necrose avascular traumática da cabeça do fêmur em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pessôa, André Luiz de Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18419
Resumo: A necrose avascular da cabeça do fêmur (NACF) pós-traumática afeta pacientes jovens e pode levar à limitação funcional e substituição articular através da artroplastia, procedimento de alto custo. Propostas de métodos para otimizar a regeneração tecidual vêm sendo discutidas, ainda que experimentalmente. Os inibidores da fosfodiesterase-5 (PDE5) atuam na inibição da degradação da guanosina monofosfato 3’,5’-cíclica (GMPc) na via do óxido nítrico (NO), aumentando sua biodisponibilidade e promovendo o recrutamento neovascular mediado pelo fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e a indução à regeneração do tecido ósseo isquêmico. A hipótese do autor é que os inibidores da PDE5 atuam favorecendo a regeneração do tecido ósseo através de ações neoangiogênicas e osteogênicas. Trinta ratos machos Sprague-Dawley (SD) (6 meses de idade) foram submetidos à um modelo experimental de NACF traumática, divididos em 2 grupos de acordo com a administração de 5mg/Kg de citrato de sildenafila (grupo tratado) ou água destilada (grupo controle). Os ratos foram sacrificados ao 7º, 14º e 21º dias. Técnicas histológica (H&E, azul de toluidina e tricrômico de Goldner), histoquímica (periodic acid-Schiff [PAS]) e imunohistoquímica (VEGF e osteopontina) foram utilizadas para quantificar as respostas vascular e óssea. Foi observado aumento da imunomarcação de VEGF (p<0,01) e de osteopontina (p<0,01) na epífise da cabeça femoral, aumento da imunomarcação do VEGF na placa de crescimento epifisária (p<0,01), aumento de formação de tecido osteóide (p<0,01 ao 7º dia; p<0,05 ao 14º dia), e de coloração de glicoproteínas pelo PAS (p<0,01 ao 7º dia) no grupo tratado com citrato de sildenafila. O presente estudo demonstrou que o citrato de sildenafila otimizou a regeneração óssea pelo aumento da sinalização do VEGF e da expressão da osteopontina, com aumento da formação óssea (osteóide e deposição de macromoléculas de carboidratos) nos estágios iniciais seguidos ao trauma isquêmico. Logo, podemos considerar que o tratamento com o citrato de sildenafila melhora o prognóstico dos pacientes com NACF pós-traumática.